Thursday, September 30, 2010

No es crisis, es capitalismo

Imágenes de la huelga general de ayer en España.









PS: Joaquín Estefania, en la introducción del suplemento cultural Babelia de ayer, de El País, dedicado a la crisis económica y titulado "Crónica del fin", escribe:

La aplicación de ideas equivocadas ha sido una de las responsables de la Gran Recesión. Dos economistas se salvan de la quema, según el consenso de los textos recogidos aquí: Keynes y uno de sus discípulos, Hyman Minsky. A estas alturas es innecesaria, por obvia, la reivindicación de Keynes, imprescindible para explicar por qué la Gran Recesión no ha devenido en otra Gran Depresión. Pero conviene recuperar la obra de Minsky, un economista americano que defendió en el desierto que el capitalismo es intrínsecamente inestable y que la fuente principal de esa inestabilidad son las acciones irresponsables de los banqueros, operadores de Bolsa y otras personas del mundo financiero. Decía Minsky que si el Gobierno dejase de regular con eficacia el sector financiero, el sistema estaría sujeto a derrumbes periódicos, algunos de los cuales podrían arrojar a toda la economía hacia recesiones prolongadas.

(...)

Cómo va a reformarse el capitalismo para que pierda parte de esa volatilidad y recupere algunos criterios de equidad como por ejemplo los Objetivos de Desarrollo del Milenio? Declaraba Keynes en 1933: "El decadente capitalismo internacional, individualista, en cuyas manos nos encontramos después de la guerra, no es inteligente, no es bello, no es justo, no es virtuoso y no satisface las necesidades. En resumen, nos desagrada y comenzamos a despreciarlo. Pero cuando buscamos con qué reemplazarlo, nos miramos extremamente confusos". Setenta y siete años después de esas palabras seguimos con idénticas incógnitas. Alguien dijo que el sistema necesita un infarto para que, si lo supera, afronte los desequilibrios y adopte un estilo de vida más saludable. El infarto ha llegado pero el capitalismo, en vez de protegerse, se ha dado de alta en el hospital y corre a festejarlo con un cartón de Marlboro, una botella de ginebra y un Big Mac con patatas fritas en la mano. El pesimismo de los autores que analizan la crisis está basado en la sospecha de que no se hayan desprendido las lecciones necesarias ni se tenga la voluntad de corregir los abusos.

Wednesday, September 22, 2010

Músicas que estão tocando em Barcelona

(Dicas da querida Nelia. :))

Espíritu Santo

(... Y sonaron las trompetas de la muerte y la gente se puso a bailar
se puso caliente
y se puso a jugar y con la lengua entre los dientes
bien juntitos como dos gemelitos en el vientre
Y yo me puse contento, como loco de alegría
porque en lugar de Barcelona
La Habana esto parecía, esto parecía
Porque bailando hasta el Espíritu Santo se pone blando...
... Uno, dos, tres
Esto es danza libre
cardio-sensorial, un movimiento enérgico variablemente rítmico
Esto es la guerra y para ganar
tendrás que liberarte del sentido del ridículo
No seas tan critico, mátalo ya
Saca ese monky townky funky sabes que eres único...)


Castillo de arena

Me he puesto tetas

Saturday, September 18, 2010

O que ando fazendo em terras catalãs

Que andei fazendo desde minha chegada a Barcelona, no dia 6? (Como parei de fumar, vou preparar um café antes de responder :) Alguns amigos (brasileiros) me perguntaram isso, e em vez de escrever para cada um, achei que podia fazê-lo no blog (que, além do mais, está meio parado). Por enquanto, só vi uma amiga, a Clotilde, umas dessas poucas, grandes amigas que me procuram mesmo quando eu demoro em ligar, ou não ligo, porque sabem como eu sou e que para mim é sempre um prazer encontrá-las. Fomos num japonês novo e ficamos até que o restaurante fechou. Ela me contou sobre a crise na editora (onde ela trabalha e eu trabalhei) e de seus planos e eu lhe falei de minhas dúvidas quanto ao futuro (escrever, fazer o doutorado, etc.). Ela foi a primeira pessoa daqui a me aconselhar: eu poderia tentar ganhar uma bolsa integral de doutorado agora, até o dia 29 de outubro, e, se não a ganhasse, tentá-lo de novo em 2011. Quanto a outros amigos, ainda não os telefonei. Tenho vontade de vê-los, mas ainda não me animei (vá saber).

Estou curtindo a família. Pais, irmãos (inclusive a Rous :p), avós (fui duas vezes almoçar com minha avó da vinícola, em Sant Sadurní: um dia ela fez canelons, o outro, paella :) Estou ajudando na reforma do apartamento dos meus pais (não dos filhos, já que estamos todos fora). Está ficando uma maravilha, com uma sala muuuito espaçosa, uma biblioteca igualmente enorme, duas sacadas com chão de madeira (grandes, também: agora tudo é grande, derrubaram muitas paredes), um quarto que é meu mas meus irmãos dizem que é "de todos", com computador, notebooks, impressora, montanhas de livros, um sofá cama... Os banheiros (muitos) são a coisa mais chique, com assentos e tampas de privada que descem sozinhas :o) E a cozinha, bah!, é tipo restaurante! Tem sido muitos dias de estar aqui para abrir a porta a pedreiros, pintores, eletricistas, a decoradoras (ai, como ela é linda!). E de acompanhar minha mãe comprar objetos de decoração.

Ontem foi ótimo, fiz algo com muito, mas muito prazer: ajudei meu irmão com a edição (quase) definitiva do capítulo 2 da série "Emerson" (que logo estará no ar). Será essa minha vocação secreta?, a edição ou montagem audiovisual? Quando adolescente, eu tinha uma "mesa de edição" (isso não existe mais, hoje tudo é Mac), só que logo me cansei, não achava graça em ficar um dia inteiro trabalhando para, no fim, ter um ou dois minutos bons. Mas agora é diferente, quero ser montador! :D Fico dizendo para o Uri: corta isso; cola isso aqui; deixa eu ver de novo; para!; isso vai fora, não precisa; aumenta esse som! (Hehehe!) E ele vai mexendo super rápido no Final Cut (do programa não entendo lhufas). O local da produtora do Uri e o Gerard, Sinparpadear, que eu pensei que fosse um apartamentinho em Gràcia, é um galpãozão na Sagrera!, parece Nova York!

Andei lendo, também, é claro. Li o livro Descanse em Paz (em inglês, Wild Nights!), comprado em POA, em que Joyce Carol Oates conta os últimos dias, ou os últimos anos de vida, dos escritores norte-americanos E. A. Poe, Emily Dickinson, Mark Twain, Henry James e E. Hemingway. É fantástico, pois não são narrativas biográficas: a escritora inventa, a partir dos traços de caráter e as obras desses autores, como poderiam ter sido seus últimos dias. Poe, por exemplo, morre como operário solitário de um farol muitas milhas ao oeste da costa do Chile, em companhia de um cachorro... Li uma New Yorker. Li bastantes jornais...

Falando em jornais: como escrevi no meu "romance inacabado", "nos jornais está tudo errado". Desemprego na Espanha: 20%. Desemprego entre os jovens na Espanha: 40%. Há uma greve geral prevista para o dia 29, mas, por enquanto, apesar desse 40%, ninguém foi para a rua jogar tijolos em ninguém (os jovens sem emprego, dizem os velhos radicais, devem estar em casa vendo programas de TV). Na Catalunha, apesar da crise econômica, só se fala (como sempre, sigh!) em "questões identitárias": se a gente quer ser independente, se a gente quer formar parte de uma Espanha federal... (Depois me perguntam por que eu me auto exilei!!!) E agora essa do perigoso Sarkozy, botando os ciganos em aviões, rumo a Romênia. Como se eles não fossem cidadãos de União Européia e tivessem, por lei, liberdade de ir e vir... A comissária de Justiça da União Européia deu um tapa verbal nesse fascista, que no início só recebeu o apoio previsível do Berlusconi. Porém, um dia depois os presidentes dos 27 países da União (dos 27!) ficaram ao lado do presidente francês! :( Esta Europa dos Estados não presta, gente!

Outras coisas que andei fazendo... Mexi no iPad do meu irmão Ramon, para ver se comprava um para mim. Isso do iPad é uma loucura. Logo que chega nas lojas (e isso acontece uma vez por semana), se esgota em dois dias. Eu ainda não sei. Não gosto disso de sujar a tela cada vez que mexo no treco! Mas está sendo um baita sucesso, sem dúvida... Com o Ramon e um amigo seu também joguei basquete, domingo. Depois de uma hora, estava acabado. Mas é que no domingo era fumante! :)

Quanto ao meu futuro, como eu já previa a visita ao meu psicólogo-celebridade me ajudou (conversamos por duas horas). Continuarei escrevendo o romance e continuarei fazendo-o no Brasil, isso já estava decidido. Mas não vou tentar o doutorado já (talvez o ano que vem). A escrita é mais importante, continuar o romance é o que mais quero, e vou me virar para conseguir a grana necessária para sobreviver (me viro com pouco :). (Alguém quer aulas de espanhol? De catalão? De literatura espanhola? :)

Matei a saudade dos doces daqui, que são menos doces do que os do Brasil (ou da Argentina, ou do Uruguai). (Aqui é chantilly em vez de doce de leite, por exemplo.) Vi um jogo do Espanyol com o Uri num bar. (Quando o Espanyol perdia 2 a 0, antes do intervalo, eu já queria ir para casa, mas ele me obrigou a ficar, disse que tinha atravessado a m**** da cidade para ver o jogo comigo e não iríamos embora até o fim: fim: 4 a 0.) Visitei várias livrarias. Por prazer, mas também procurando mais exemplares do meu livrinho (Una barca, un riu, que parece que está esgotado) e a Historia de la locura de Foucault, cujo primeiro volume está esgotado mesmo (e assim não adianta comprar o segundo). Comprei novas HQ de Chris Ware e de Daniel Clowes e ganhei do meu pai El horizonte, romance de Patrick Modiano... Ah, e resgatei de minhas prateleiras Four Quartets, de T. S. Eliot, e Grande sertão..., de G. Rosa, que vou ver se tenho tempo de ler.


PS: Não importa quantos iPads são vendidos. A crise é visível, palpável. As pessoas estão tristes e estressadas, temendo ser despedidas. Muitas famílias estão sem salário nenhum, só com ajudas. Há muitos divórcios... Sempre tive motivos para preferir morar no Brasil: agora esse é mais um.

Wednesday, September 15, 2010

Água e vinho, de Egberto Gismonti

Eu conheço uma pessoa com um dom muito especial. Além do mais, toca violão e é melômana. E, além do mais, é do Espanyol. :) Ontem essa pessoa "me apresentou" ao compositor brasileiro Egberto Gismonti e à música "Água e vinho", que ouvi no seu iPhone enquanto conversávamos.

Thursday, September 02, 2010

Mestre em Letras! :D

Tchanám! Algumas fotos de ontem, dia da defesa de minha dissertação (o meu dia, segundo a Anna, que me deu força até no almoço, antes de tudo começar... :)

Agradeço muitíssimo aos amigos que assistiram à defesa, aos que ficaram conversando no bar da Famecos depois, aos que foram à Champanharia mais tarde (às três fantásticas, Anna, Josy, Paloma, que estiveram nos três lugares, sempre ao lado), aos que enviaram mensagens ou telefonaram. (E aos que tiraram as fotos!) Foi um dia muito especial, que eu não vou esquecer. Me senti muito querido e feliz, e isso... isso é o máximo.