Saturday, July 30, 2011

Eduardo Souto de Moura, Siza e o Museu Iberê Camargo

Nuns trechos da entrevista publicada no El País Semanal de 24 de julho, o arquiteto português Eduardo Souto de Moura, prêmio Pritzker de Arquitetura 2011, fala sobre seu mestre Álvaro Siza (também sobre Alvar Aalto e Mies van der Rohe) e o Museu Iberê Camargo, de Porto Alegre. (Acho que, talvez com a exceção dos cariocas :p, os cidadãos valorizamos pouco as maravilhas de nossas próprias cidades. Acontece comigo em Barcelona. Quanto à obra de Siza em Porto Alegre, li os maiores elogios na imprensa internacional, não na local, e sei que estrangeiros viajam a Porto Alegre para ver o Museu Iberê, enquanto muitos porto-alegrenses ainda só o viram do carro ou outros dizem que é feio.)


Cuando yo estudié, la escuela de Oporto estaba muy politizada. [...] Y trabajamos para cambiar las infraviviendas que los obreros tenían en los jardines de las viviendas burguesas. Se llamaban islas. Queríamos cambiar las cosas. Trabajábamos con las asociaciones de vecinos. Todo era muy social [...]. Decidimos dignificar esas viviendas, pero necesitábamos un arquitecto que firmara el proyecto. Éramos estudiantes. Así que fuimos a buscar al mejor. Y el mejor era Siza. Luego me quedé a trabajar con él cinco años.

Hasta que le dio una patada y lo echó. Sí. Un día me dijo: "Si quieres ser arquitecto, no puedes continuar aquí. Tienes que irte". Y tenía razón. Era cómodo trabajar allí. Pero al salir tuve que espabilarme. Trabajar con Álvaro es maravilloso. Como persona es excepcional. Por entonces él se había quedado viudo y yo era soltero, así que comíamos muchas veces juntos. Él defendía a Alvar Aalto. A mí me gustaba Mies van der Rohe.

Hoy sigue pensando lo mismo? Bueno... De Aalto me impresiona mucho la vigencia de sus ideas. Entonces creía que era expresionista, pero visitando su trabajo en Finlandia entiendes que era muy racionalista. Es el arquitecto del que compro más libros. Me gustan sus muebles: modernos, cálidos y casi anónimos. Pero creo que Mies era más radical. [...] Era el tiempo de la revolución de los claveles. Había que rehacer el país, construir medio millón de viviendas. [...] Necesitábamos un lenguaje técnico para vencer la presión posmodernista. Un idioma práctico y eficaz. Discutíamos mucho. Yo creía que Mies podía ayudar más que Alvar Aalto.

Qué admira de Siza? Lo que me marcó fue más su figura que su arquitectura: el hombre, su ética y su conocimiento. Él te da los instrumentos para hacer. Pero es extremadamente exigente. Es suave y dulce, pero lo quiere entender todo. Tengo un texto sobre él que escribí hace años. En él explicaba que con Álvaro cuando uno piensa que está todo acabado te lo hace empezar todo de nuevo.

Con 76 años, Siza firmó el Museo Iberê Camargo en Porto Alegre, que es una mezcla entre volver a nacer y haber llegado a lo que no sabías que se podía alcanzar. Ese edificio es impresionante. Y ante algo así, uno piensa: ¿copiar qué?, ¿estudiar qué? Pero cuando tengo un problema, muchas veces pienso: ¿qué haría Álvaro?, ¿qué estrategia seguiría? Y todavía trabajo con él en algunos temas. Hacemos juntos el metro de Nápoles. Y es un placer viajar con él. Contamos historias, discutimos, vamos a cenar... Trabajamos bien. Yo dibujo y él me dice no, no, no... (Risas.) Es una relación muy bonita.


Este é o Estádio de Braga, uma das obras mais célebres de Souto de Moura:





















PS: Para quem goste de arquitetura, e muito especialmente para quem goste de Le Corbusier, recomendo o filme argentino El hombre de al lado. Em junho estava passando no shopping Moinhos, o Sérgio me disse que era bom mas eu não tive tempo de assisti-lo. Assisti ontem aqui, em Barcelona, e me pareceu muito bom mesmo - muito bom e sem grandes pretensões. Trailer:

Wednesday, July 27, 2011

Vídeos de Catalunya per als amics de Brasil

Nota: Peço desculpas aos amigos e amigas de Brasil, ando sem tempo para escrever ou responder e-mails, por aqui está tudo muito corrido - muito bom, mas muito corrido. Beijos e saudades...


Mentre esperem l'Ana :), ens divertim amb la gosseta del Ramon, l'Asha.



Una peixateria self-service a Cambrils, Costa Daurada.



Moment de relax al Cap de Creus.



Snorkeling a Colera, Costa Brava.

Tuesday, July 19, 2011

La foto más deseada :)




















Con Alain Hernández, aka Emerson. (Para quien no los haya visto todavía: capítulos 1, 2, 3 y 4.)

Monday, July 18, 2011

Thursday, July 14, 2011

Divulgando...

Para quem estiver no Rio em julho - início de agosto, Pedrito starring in...

Monday, July 11, 2011

Postals de Catalunya per als amics de Brasil


















Escamarlans (del Mediterrani) amb ceba (fets per la mare per al fill pròdig). En castellà, cigalas acebolladas. "Cigala" també es pot dir, en català. Recordo un conte del Quim Monzó; un conte que passa tot en un llit i en què la dona (nua) no para de dir a l'home (nu): "Com m'agrada la teva cigala!". Ho diu amb tanta passió i insistència, i mirant-se-la amb tanta golafreria, que l'home, primer molt ple de si mateix, acaba sentint-se menyspreat i amb enveja... d'això, de la seva pròpia cigala.


























Típic de casa meva. Migdiada en família (l'àvia, el seu fill i un dels fills del seu fill). (No són mandrosos, treballen molt, és oci creatiu.)





















Típic de Catalunya (per als qui em pregunten què no m'agrada del meu país, aquest és un exemple entre molts): "normalització" lingüística. El carrer és a la vora del mar, a Sant Feliu de Guíxols. (Quan trobi la placa del carrer "Joan Lennon", o similar, també la fotografiaré.)





















Això no és típic de Catalunya, però és molt bo: pop a la gallega, d'un restaurant de S'Agaró. S'Agaró no se sap ben bé què és: uns carrers (quins, no ho sé) pertanyen al poble de Sant Feliu i uns altres, al de Platja d'Aro. Baix Empordà, en qualsevol cas; Costa Brava. (Vaig fer la foto una mica tard, els comensals anaven per feina, el "plat" de fusta ple hauria quedat més bonic.)





















Casetes dels Antics Banys (ara, Nous) de S'Agaró. N'hi ha una bona filera, però jo no he entrat mai en cap (ni sol ni acompanyat). 

Monday, July 04, 2011

Algumas fotos de Porto Alegre 2011/1 semestre

Estou limpando a pasta de fotos do celular e resgatando algumas fotos para o blog, destes últimos meses passados em POA.


Numa das palestras do seminário "Livros que abalaram o mundo", às que assisti com a Marinella, os sábados de junho. O primeiro dia, Sergius Gonzaga, secretário municipal de cultura, disse que Martín Kohan, "um dos melhores palestrantes argentinos", viria nos falar de Lolita. Eu só tinha ouvido falar nele, não li nada dele (seu último livro, Ciencias morales, ganhou o Premio Herralde de novela, um dos mais prestigiosos da Espanha). Ele deu show. Não lembro de uma palestra sobre literatura melhor. Falou com paixão, rigor (e vigor), profundo conhecimento do livro; com elegância, se apoiando no texto e só no texto, etc. Confirmando minha teoria (não só minha, claro) de que não há melhores críticos literários do que os escritores. Quando saímos, eu disse à Marinella: quando crescer quero ser Martín Kohan.

No aniversário da querida Camila. Boa companhia e boa comida (e cerveja) mexicana.

Outro palestrante do seminário foi Voltaire Schilling, que não falou de Voltaire, falou de Rousseau :p Como historiador, limitou-se a situar as ideias de Rousseau na história. Isso ele fez muito bem. Só que falou mais do Rousseau "teórico" (Emílio) do que do Rousseau escritor (Confissões), e é deste segundo que eu gosto mais.

Uma bonita escultura. Na entrada do teatro Renascença. (Porto Alegre não se destaca por suas esculturas...)

Festa na casa do querido Sérgio. Cinco sobremesas!!!

Vista do Café dos Cataventos desde não sei qual andar da Casa de Cultura Mário Quintana. Tirei a foto num break em que fui fumar. Assisti, com o Sérgio, ao ensaio de uma peça de teatro de um grupo de atores surdos (será encenada, acho, na Feira do Livro).

"Meu" café na hora do rush. Tem várias "horas do rush", esta é quinze minutos antes das 14 h.

Mesmo café, mesmo dia, uns minutos depois das 14 h.

Adoro o porto de Porto Alegre, adoro os armazéns do porto e adoro essas gruas. Fui lá numa pausa de minhas leituras, para aquecer o corpo com um pouco de sol (e a alma com um pouco de... rio, à falta de mar). 

Esse cara estava lendo Nietzsche. Sentados, encostados num dos pés da grua, há mais duas gurias e um guri, batendo papo. Depois de descansar um pouco ali, fui à loja do Margs. Eu estava sozinho com a atendente e ela veio para mim, pediu licença. Achei que quisesse que eu me afastasse para mexer nos livros, mover uma mesa, não sei. Mas o que ela fez foi dizer que eu estava com umas manchas nas costas e começar a sacudir com a mão, demoradamente (não sei on-de tu sen-tou, ia dizendo), meu casaco. (Coisa linda que dificilmente aconteceria em Barcelona.)

Um dos livros que andei lendo no café. Baita livro. (Mensagem para minha amiga francesa: sem piada pronta, OK? ;)

Saturday, July 02, 2011

Finger painting

Começou há dois anos, e agora já virou febre, o finger painting, pintura feita no iPhone (primeiro) ou no iPad. Seu adepto mais célebre é David Hockney, sempre à vanguarda, mesmo agora, com 74 anos. Ele já expôs várias dessas "pinturas" em vários museus, fez três capas para a New Yorker e parece que cada dia manda um desenho (em geral, flores) aos seus amigos (um Hockney no iPhone, cada dia de manhã! :o) Mas o exemplo abaixo (tem muitos mais no site da New Yorker) é de Jorge Colombo, português que mora nos Estados Unidos desde 1989. Ele usa o iPhone e a aplicação "Brushes", e lançou há pouco um livro com cem ilustrações da cidade de Nova York: New York: Finger Paintings. Este é o "Coffee Cup":

Friday, July 01, 2011

I'm stepping out, by John Lennon

Hoje uma grande amiga deixou o trabalho que devia ter deixado há tempos e lembrei desta música que a Ana Santos uma vez me enviou.

Muitas pessoas no mundo seriam mais felizes largando seus trabalhos, acho. (Às vezes não dá para viver de outra coisa? Dá sim.)



This is an "inspirational post". (I don't have a tag for that.)