"A vida, tal como a encontramos, é árdua demais para nós; proporciona-nos muitos sofrimentos, decepções e tarefas impossíveis. A fim de suportá-la, não podemos dispensar as medidas paliativas. (...) Existem talvez três medidas desse tipo: derivativos poderosos, que nos fazem extrair luz de nossa desgraça; satisfações substitutivas, que a diminuem; e substâncias tóxicas, que nos tornam insensíveis a ela. Algo desse tipo é indispensável."
Derivativo poderoso seria a criação artística, a atividade científica ou até o trabalho, quando é livremente escolhido.
Satisfação substitutiva seria, por exemplo, a leitura, ou a contemplação da obra de arte.
Substâncias tóxicas, bom... eu estou fumando.
Tem a religião, mas para Freud é "uma paranóia coletiva". Ele fala bem da filosofia budista, que busca a ausência de desprazer, a felicidade da quietude.
Segundo Freud, o problema do "momento" de felicidade ou prazer, mais comum, é que é uma "manifestação episódica", que não se prolonga; que deriva de um contraste, e não de um "estado de coisas".
Sobre o amor... "A modalidade de vida que faz do amor o centro de tudo, que busca toda satisfação em amar e ser amado" talvez se aproxime mais da meta da felicidade. Porém "nunca nos achamos tão indefesos contra o sofrimento como quando amamos, nunca tão desamparadamente infelizes como quando perdemos o nosso objeto amado ou o seu amor".
Mas há esperança! "Não existe uma regra de ouro que se aplique a todos: todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo. (...) É uma questão de quanta satisfação real ele pode esperar obter do mundo externo, de até onde é levado para tornar-se independente dele, e, finalmente, de quanta força sente à sua disposição para alterar o mundo, a fim de adaptá-lo a seus desejos. Nisso, sua constituição psíquica desempenhará papel decisivo, independentemente das circunstâncias externas."
3 comments:
nunca habia pensado en leer el tio antes pero ahora tengo ganas.
no sé cuando eso pasara pero gracias, che.
pues sí, el tío es un sabio, y además escribe muy bien y muy sensisho, como debe ser.
de nada. :)
Verdade... Por isso "Freud explica".
jejejeje
Maravilhosas as citações...
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