Há umas duas semanas vi, em casa do Sérgio, esta gravação histórica pela primeira vez. Está num DVD que é uma joia, todo ele (esqueci o nome; Sérgio?). Dei-me conta de por que é quase unanimemente aceito que Elis Regina foi a melhor cantora do Brasil (demorei!), mas não só: fiquei impressionado com como ela sorri, brinca, gesticula, dança, olha para o Jobim, dá risada... Enfim, encantei-me com ela.
(O vídeo é sobretudo para os amigos espanhóis - os brasileiros devem tê-lo assistido dezenas de vezes.)
E logo tem a Gal Costa. (Para o Caetano, é ela a melhor voz do Brasil.) (Estou falando em "melhores", mas isso pouco importa, tem muitas vozes incríveis aqui, o motivo do post são meus... descobrimentos tardios.) Em dezembro passado, no Rio, quando fui comprar o novo CD da Gal, Recanto, a Bel me disse se conhecia ela bem. Eu disse meio envergonhado que "não muito", e a Bel me mostrou este outro vídeo, da música "Meu nome é Gal" (letra linda*): "veja o que ela faz com a voz, em duelo com a guitarra elétrica" (ou é um baixo?). Vídeo de 1981.
* (De Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
Meu nome é Gal
E desejo me corresponder
Com um rapaz que seja o tal
Meu nome é Gal
E não faz mal
Que ele não seja branco, não tenha cultura
De qualquer altura
Eu amo igual
Meu nome é Gal
E tanto faz
que ele tenha defeito
Ou traga no peito
Crença ou tradição
Meu nome é Gal
E eu amo igual
Ah, meu nome é Gal
PS: Aqui sim: A Rolling Stone Brasil está fazendo uma enquete para escolher as maiores vozes do Brasil. Dá para votar:
http://www.rollingstone.com.br/enquete/maiores-vozes-do-brasil
2 comments:
A linguagem musical basta". A frase aparece ao final do documentário "A Música Segundo Tom Jobim", é do próprio Tom Jobim e funciona como uma justificativa para o que foi exibido pouco antes: uma hora e meia de canções do maestro, morto em 1994, sem qualquer depoimento ou legenda. Só música. A decisão de "cortar o blá blá blá" foi do diretor Nelson Pereira dos Santos. Um dos maiores cineastas do Brasil (tem no currículo obras como "Rio 40 Graus", "Vidas Secas" e "Memórias do Cárcere"), ele começou a trabalhar no filme em 2008 e, desde o princípio, queria que o documentário fosse totalmente musical. "Queríamos ultrapassar a barreira da língua. Nada de pessoas falando português com legendas. Ou o filme não seria exibido nem no Uruguai", justifica. "Um filme documentário do Tom Jobim tem que ter uma carreira internacional. Não poderia ficar restrito ao Brasil."
Bah, isso mais é post do que comment! Gracias, señor! Vou comprar. E queria ver esses outros filmes, vou te roubar.
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