Muito tempo depois da resenha de
Cacau, continuo tentando emular a
Maria.
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Achei esse livro meio ruim,
Pubis Angelical (seria bem bom se não fosse de Manuel Puig!). Ruim por causa das histórias misturadas que não tem muito a ver uma com a outra e criam confusão. Mas, como sempre, a escrita é muito boa e o livro tem páginas magníficas. Graças a ele já sei o que é o peronismo, nada fácil de entender. E coisas sobre os argentinos que nenhum guia diz. O livro tem duas páginas, por exemplo, que exemplificam como os
porteños tem palavras diferentes para as mesmas coisas só pra sublinhar a pertença a uma classe social (queria postar isso, mas não posso porque o texto não é meu -regra deste blog). O argumento,
too difficult to tell. O tema: o sofrimento das mulheres, condenadas a soportar e amar os homens em todas os lugares e em todas as épocas. E a participação ou não na revolução e a luta contra a ditadura. Mas também tem ficção científica (uma loucura de mistura...).
Uma obra de Puig que eu achei melhor é
Cae la noche tropical. E outra é
Boquitas pintadas (essa eu perdi no aeroporto de Barcelona; estava tão imerso na história que fiquei lendo enquanto esperava minhas malas aparecerem; não apareceram -ficaram em Lisboa-, e parece que o livro ficou lá no chão). (Engraçado, porque o primeiro, Cae la noche..., é um livro viajante, eu li e passei pra frente, Gabriela leu e passou pra frente, depois vieram Lúcia, Montse...). Todas essas obras estão cheias de diálogos, são baseadas em diálogos, em falas de personagens maravilhosamente reais.
Lido em espanhol.
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