Sunday, January 14, 2007

RCD Espanyol de Barcelona

Um dia antes:

Amanhã eu vou ver o jogo Espanyol-Bar$a com meu pai, em Montjuïc, o estádio olímpico da cidade, alugado pelo Espanyol. No início desta semana pensei que seria bom convidar ele para ir. Meu avô costumava ir, num outro estádio que não existe mais, mas desde que ele morreu, em 1975, ano em que eu nasci, acho que meu pai só foi uma ou duas vezes, há muitos anos, com minha mãe. Quando falei para ele, ele falou um não rápido; falou que, se eu queria, ele pagava meu ingresso, mas que ele não ia. Ele sofre muito, nem quer ver os jogos que passam na TV. Mas logo quando acabam ele busca urgentemente o resultado, e fica triste ou feliz, só que não dá para ver (ele se prepara mentalmente para a derrota). No fundo, continua amando esse time, que nem meu vô. Por isso que eu fiz esse oferecimento, como homenagem a ele, ao meu vô (homenagem do meu pai). Então, ele falou que não ia. Mas depois, no outro dia, ele perguntou para mim: "A que horas é o jogo?". E eu falei com um sorriso: "Vamos!". E ele: "Mais eu não quero sofrer". Imediatamente liguei para o Uri e o Ramon, meus irmãos, torcedores também (o Uri mais do que o Ramon), e pedi para eles nos acompanharem, e eles ficaram mais do que felizes. Eu pensei que assim, com o apoio de três em vez de um, meu pai ia ficar mais tranqüilo, ia sofrer menos no estádio. (Se meu amigo Jorge estivesse aqui, a gente também teria ido com ele, como eu tenho feito nos últimos tempos pelo menos uma vez por ano, mais para estar com o amigo do que para ver o jogo de futebol, mas ele foi morar longe). Vamos os quatro homens da família. E acho que vai ser genial. O estádio vai estar lotado; vamos ver o nosso time, que este ano não é tão fraco; vamos tentar ganhar dos poderosos, o que sempre é legal; vamos ver o Ronaldinho Gaúcho, que joga muito bem mas não dá bola para seu clube. E se o nosso time ganha, vamos ficar com um sorrisão, mas isso não é o importante.

Um dia depois:



Espanyol 3 - Barça 1

Do jornal La Vanguardia: "Por su agresividad, Luis García parecía estar jugando el último partido de la historia, Iván de la Peña se vaciaba como un juvenil. Y Montjuïc, la montaña mágica, a mediados de enero y cerca de medianoche, florecía, vibraba, creía vivir una eterna primavera."

Três vezes as endorfinas inundaram a minha cabeça.

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