Monday, August 29, 2011

Super 8, de J. J. Abrams e Steven Spielberg (ou A volta do cinema de aventura; ou Os nostálgicos)

Vou traduzir (mais ou menos literalmente, e editando um pouquinho e comentando, como sempre) a crítica do filme Super 8 que o Uri me enviou. Eu já queria muito assistir ao filme, que está passando em POA; agora, depois de ler o que meu irmão diz, não vou me demorar. Já queria muito porque, mesmo não sendo ele o diretor, acho que o filme tem muito de Spielberg (começando pelo título); de J. J. Abrams não tenho nenhuma opinião, devo ser uma das poucas pessoas que nunca viu um capítulo de Lost (perdi Lost, duh).


Voltei agora do cinema e, pela primeira vez em muito tempo, estou com vontade de compartilhar uma alegria em vez de xingar a mãe do diretor. E sabendo que em breve, com a estreia do novo filme de Almodóvar, que promete ser ruim, voltaremos à guerra, aproveito este momento de joia e alegria para te dizer que, por fim, hoje recuperei um pouco de minha fé no cinema graças a Super 8.

Sei, sei que dirás que Tailândia destruiu meu cérebro para sempre jamais [O Uri voltou de uma viagem a Tailândia e Indonésia e diz que, por enquanto, não tem palavras para descrever a experiência], que Super 8 não deve ser uma obra-prima, nem vai passar à história do cinema, nem é um filme dos que tentam mudar a linguagem do cinema, nem uma história profunda e reveladora, nem nada realmente novo. Não, não é: é só um filme clássico de entretenimento juvenil (juvenil, não infantil, OK?), sem maior objetivo do que entreter, divertir, prender o espectador e, porque não, fazer com que os jovens acreditem um pouco na mágica do cinema e com que este lhes pareça um pouco mais atrativo. Mas isso, oh irmão!, isso que parece tão simples, já é muito. Trinta são muitos anos, e trinta, nem mais, nem menos, são os anos de vazio entre os filmes da nossa geração e este Super 8. E depois desses anos desérticos, fico feliz que por fim uma nova geração possa crescer com algo parecido aos nossos E.T., Indiana Jones, Star Wars, os Goonies, etc. [The NeverEnding Story, eu diria também; Close Encounters of the Third Kind, Jaws, se bem que esses são dos 70.] Porque Super 8 é isso: um filme que lembra todos esses outros (a homenagem é mais do que evidente, até no vestiário, as bicicletas, o tipo de cidadezinha, o atrezzo, etc.) e usa os efeitos especiais atuais só para melhorar alguma cena, mas sempre mantendo o visual realista, até retrô (de fato, o filme poderia se passar no mesmo ano de E.T.); e tem um roteiro bom, não para crianças tontas del culo, bobas, que não edulcora nem tenta fazer nada mais digerível (atenção, é um filme juvenil, também não fica esperando um Platoon), com detalhes que os babacas de Hollywood tinham esquecido por décadas e coisas que os executivos dos grandes estúdios não permitiram nunca nos últimos anos. E assim, oh brother, a gente se sente um pouco como nessa época, quando ia ao cinema sendo criança, sorrindo; sorrindo porque sabia que o filme o prenderia, e por começar a pensar que, no futuro, talvez, a gente poderia tentar fazer cinema também. E a gente pode finalmente falar de cinema de entretenimento (ou comercial, dizem alguns bestas) digno, sem ter vontade de bater a cabeça num muro na saída por ter se deixado enganar. [Eu tive vontade disso depois de um Harry Potter, lembras, irmão? Alias, de bater tua cabeça num muro, pois foi tu quem propôs um "programa-lixo de domingo" com Harry Potter e McDonald's.]

Porém, nem tudo é maravilhoso. Preciso dizer que, se bem estamos de parabéns pelo fato de alguém ter sido capaz, no mínimo, de se aproximar desse tipo de filmes, também seria bom que o filme fizesse alguma aportação nova. Super 8 já é um passo à frente, sem dúvida (em Barcelona está passando nos cinemas Verdi e nos Renoir, o que é significativo), mas E.T. tem um final melhor, Encounters também, e Indiana Jones (só os Goonies não), e é fato que este filme tira tudo, vive do que nesses filmes já foi feito (mais do que uma homenagem, como disse, às vezes parece que copiaram tudo, cenários, roupas, até penteados, dos 80 e 70). Por enquanto me conformo com isso (tomara que cada ano os filmes de entretenimento fossem assim, com essa energia, em vez de lixo do primeiro ao último fotograma [meu irmão não dá nomes; eu diria: Senhor dos Anéis, Narnia, Harry Potter, Piratas do Caribe, todos os filmes de super-heróis; Avatar, inclusive; The Matrix, essa baboseira pseudofilosófica de estética fascista, etc. (nos dois primeiros casos a coisa é grave pois os livros são muito bons)], mas espero que a partir deste ponto alguém comece a trabalhar para criar cinema de entretenimento novo, do século 21 [o próprio Spielberg + Kubrick já fizeram isso, mas não quero brigar...], que funcione tão bem quanto o do passado, que possa se equiparar a esse mas sem copiá-lo... Enfim: sendo positivo, ao menos as crianças que hoje têm entre 8 e 15 anos poderão voltar a desfrutar do cinema, como fazíamos nós, sem precisar de recuperar DVDs. 

Era isso, não quero te estragar o filme contando mais, só dizer que assistas, e que assistas como quando éramos crianças e íamos ao cinema em Sitges, no verão; compra pipoca se isso te faz lembrar mais da infância, bota uma camiseta e uma calça curta e um tênis, o que tu quiser, mas vai lá, esquece teus 36, just go and let it go.


Trailer:



PS nada a ver: Descobri uma palavra linda, do russo, sem equivalente em outra língua: razbliuto. O carinho que se sente pela pessoa que um dia você amou. (Parece, li no jornal, que existe um Irresistível almanaque das palavras que a gente não tem, da Ed. Conrad.)

Friday, August 26, 2011

A veces es mejor callar

O Sérgio me enviou este poema de Carlos Skliar, que foi seu orientador de doutorado.





"... La distancia mínima entre dos cuerpos no es la palabra obvia, sino el más tímido de los silencios. Por eso a veces es mejor callar, no para decir amor, sino para escuchar..."



E os amigos Eli y Josep, com quem passei dias felizes no Rio, me enviaram estas fotos de Chapada Diamantina, Bahia.





Monday, August 22, 2011

Música de brinquedo em Porto Alegre (e O peixe)

Este fim de semana, a turnê do CD Música de Brinquedo, de Pato Fu, passou por Porto Alegre e, é claro, eu fui (ao último dos três shows, domingo à noite). O teatro do Bourbon Country lotou, cheio de fãs das antigas, dos novos e "do meio", daqueles que vem e vão (foi a Fernanda Takai quem perguntou à plateia); e, sobretudo, de crianças. Estas foram, eu acho, as que curtiram mais o show: muitas ficaram dançando nas cadeiras, outras dançaram no corredor ou foram parar entre o palco e a primeira fileira - crianças mesmo, de uns cinco ou seis anos e até menos. Eu não curti tanto. Adoro o CD, mas... Talvez foi que o teatro do Bourbon não me parece um bom lugar para shows (foi bom para o show do Ney Matogrosso, mas ele além de cantar faz teatro; foi ruim, tão arrumadinho, para o show do Tom Zé; aqui em Porto Alegre só gosto mesmo do espaço do Pepsi On Stage, mas, também, era um show do Fito Páez! :) Talvez percebi pouca empolgação na banda, que já está no final da turnê. Ou talvez o fato de substituir as crianças que cantam no CD, que imagino que a banda não pôde ou não quis levar pelo Brasil afora, por bonecos-monstros, de voz monstruosa, não foi um acerto. Enfim, não sei e tanto faz: não curti muito, mas curti, valeu a pena. A Fernanda estava com sua melhor voz (não tem voz como a dela) e o John Ulhoa esteve engraçado na apresentação das músicas. E o baterista deu show, foi o protagonista em duas ou três canções.

Filmei três delas: duas porque não estão no CD e uma porque eu estava perto demais do palco para não filmar (e tirei umas fotinhos). A primeira música é uma boa versão de "Simplicidade", do CD Toda cura para todo mal, de 2005. Só neste primeiro vídeo o som ficou bom. A segunda é o clássico "Sobre o tempo", de Gol de quem?, do ano 94. Neste vídeo não sei o que eu fiz, a imagem ficou vertical, tem que girar a cabeça 90º :p. Não gostei dessa versão, achei pobre, aqui os instrumentos de brinquedo não bastam. Mas vale a pena ver o vídeo para curtir o baterista tocando o João Bobo (nem sabia que essa espécie de pino de boliche inflável existia e tinha essa nome; não existe na Espanha, que eu saiba). E a terceira é "Love Me Tender" (do piorzinho ou mais prescindível do CD, sorry).








E as fotos:

























Fernanda Takai. Sempre linda. Sempre muito bem vestida, ou vestida num estilo que eu gosto, japanese-homely-(just a little bit) cool. (A Gabi me disse quem era seu estilista; esqueci o nome, prefiro acreditar que é ela mesma.)


Alguns instrumentos que a Fernanda tocou e a bateria de brinquedo ao fundo.


John Ulhoa falando com os bonecos-monstros (chatos).


Alguns dos (muitos) instrumentos que tocou o John.


PS: O melhor do fim de semana foi a apresentação do livro da Ana Santos. Foi um sucesso, mas não vou escrever nada aqui, ao menos por enquanto. Quero saber como ela se sentiu, como se sente. Li os três primeiros contos (os dois primeiros eu já conhecia) e fiquei maravilhado (de novo). O Sérgio me escreveu dizendo que O que faltava ao peixe está na gôndola de entrada da livraria Cultura, "entre blockbusters"... A Ana vai longe!


Sunday, August 21, 2011

Fotos de cinco días en Río con Eli y Josep (y con Bel)

Estos días en Río fui feliz. Casi todo ocurrió a través de mí, y no en mí o para mí.


(Reabierta la posibilidad de hacer comentarios!)






















Barrio de Santa Teresa. El tranvía nos dejó en el Largo do Guimarães y desde allí subimos a pie, hasta el Largo das Neves. Y seguimos subiendo, y subiendo. Subimos demasiado. Al final, preguntamos a un policía dónde podíamos comer y el hombre nos dijo que más arriba había el bar adonde iba él, el Bar do Gaúcho. Vale la pena: además de gaucho, el dueño del lugar es colorado :). Y comimos muy bien.


















Eli y Josep en el Bar do Gaúcho.


















Autorretrato en Santa Teresa.


















Después de comer, bajamos un poquito en autobús. Y en este caserón, con librería-café en la planta baja, tomamos el café y descansamos.


















En la terraza de la librería-café. Colgada en un árbol había la placa "Largo das Letras".


















Una noche fuimos al Clube dos Democráticos, en Lapa, donde tocaban los Anjos da Lua (samba). La foto es de antes de que el local se llenara. Era samba en pareja, y no saqué a ninguna chica a bailar, por timidez y porque no sé bailar bien. Había parejas bailando muy, pero que muy bien, dando show.


















Esta foto es del Corcovado, del Cristo Redentor.


















Y esta también. No era la primera, ni la segunda, ni la tercera vez que subía, por eso no tiré fotos del Cristo. Éste es uno de los paneles de luces que lo iluminan. Eli y Josep sabían que yo había subido muchas veces y tuvieron el detalle de pagarme el billete. Tuvieron más detalles, me invitaron a cenar (escondidinho de charque, queijo coalho grelhado, pastelzinhos de camarão) a la Academia da Cachaça, en Leblon, la última noche. No era necesario. Fue genial hacer de guía turístico de mis amigos, fue fantástica su compañía.






















Luna llena sobre la Baia de Guanabara.






















Chica triste.


















Museu de Arte Contemporânea de Niterói, obra de Oscar Niemeyer. El edificio en sí es una obra maestra, pero no me pareció un buen museo. El espacio expositivo es muy pequeño, y las vistas a la bahía y a Río desde el interior distraen la atención.


















Eli en la pasarela de entrada al MAC, con una de las playas de Niterói al fondo.


















Barraca en la playa de Ipanema. Esta foto es para Ana, mi sobrina, que nacerá dentro de ocho semanas (una más, una menos). De su tío preferido :p, el tiet de Brasil.






















Una morena de más de un metro de largo. Está en el acuario del restaurante Mio, calle Farme de Amoedo, Ipanema.






















En la Feria Hippie de la plaza General Osório, Ipanema (domingo por la mañana).


















Con Bel (queridíssima Bel).



Y, en el vídeo, un paseo por el jardín de la antigua casa de la familia Moreira Salles, actual Instituto Moreira Salles, en el barrio de Gávea, ya dentro de la Floresta da Tijuca, selva atlántica que rodea Río. Obra de Olavo Redig de Campos y del paisajista Roberto Burle Marx. Vimos una buenísima exposición de dibujos de Saul Steinberg, que termina hoy.

Traduccions de Brasil 63 (Namorados, de Manuel Bandeira)

(Retomo las traducciones del portugués al español o al catalán, que no hacía desde abril de 2010. Este poema lo encontré en un libro de Manuel Bandeira que Isabel tenía en casa, encima del televisor.)


Enamorados

El chico se acercó a la chica y le dijo:
-Antonia, aún no me acostumbro a tu cuerpo, a tu cara.
La chica miró al lado y esperó.
-Recuerdas cuando éramos niños y de repente veíamos una lagartija rayada?
Ella se acordaba:
-Nos quedábamos mirando...
La infancia jugó de nuevo en los ojos de Antonia.
El chico continuó, con mucha ternura:
-Antonia, pareces una lagartija rayada.
La chica abrió mucho los ojos, hizo exclamaciones.
El chico terminó:
-Antonia, eres muy divertida! Pareces loca.



PS: Otra de Kevin Johansen. (Hoy voy al concierto de Pato Fu, de la gira "Música de brinquedo". Habrá títeres también. :)

Monday, August 15, 2011

Faltam 5 dias! :)))

















Junto com o convite, a queridíssima Ana me enviou também estes versos da Adélia Prado:

Quando escrever o livro com o meu nome
e o nome que eu vou pôr nele, vou com ele a uma igreja,
a uma lápide, a um descampado,
para chorar, chorar, e chorar,
requintada e esquisita como uma dama.

Cumbiera intelectual, de Kevin Johansen

Foi a Bel quem me mostrou esta música ontem. Achei ela maravilhosa, muitíssimo engraçada. Dedicada às pessoas que leem ou leram demais. De fato, o título completo da música é "Cumbiera intelectual (para aquellas)".

(E eu que achava que o Kevin Johansen era inglês ou norte-americano, iiih.)




La conocí en una bailanta todo apretado. Nos tropezamos pero fui yo el que se puso colorado. Era distinta, diferente su meneada, y un destello inteligente había en su mirada... Cuando le dije si quería bailar conmigo se puso a hablar de Jung, de Freud y Lacan. Mi idiosincracia le causaba mucha gracia, me dijo al girar la cumbiera intelectual, me dijo al girar... ah! (“Jung, Freud, Simone de Beauvoir, Goethe, Beckett, Cosmos, Gershwin, Kurt Weill, Guggenheim...”) Estudiaba una carrera poco conocida, algo con ver con letras y filosofía. Era linda y hechicera su contoneada, y sus ojos de lince me atravesaban. Cuando intenté arrimarle mi brazo se puso a hablar de Miller, de Anaïs Nin y Picasso. Y si osaba intentar robarle un beso se ponía a leer de Neruda unos versos. Me hizo mucho mal la cumbiera intelectual. No la puedo olvidar... a esa cumbiera intelectual. Si le decía “Vamos al cine, rica”, me decía “Veamos una de Kusturica”. Si le decía “Vamos a oler las flores”, me hablaba de Virginia Woolf y sus amores. Me hizo mucho mal la cumbiera intelectual. No la puedo olvidar... a esa cumbiera intelectual... Le pedí que me enseñe a usar el mouse, pero solo quiere hablarme del Bauhaus. Le pregunté si era chorra o rockera, me dijo “Gertrude Stein era re-tortillera”. No la puedo olvidar... (Jarmusch, Cousteau, Cocteau, Arto, Maguy Marin, Twyla Tharp, Gilda, Visconti, Gismonti...) Me hace daño! Yo no quiero que pienses tanto, cumbiera intelectual! Yo voy a rezarle a tu santo para que te puedas soltar... (“Paul Klee, Ante Garmaz, Kandinsky, Diego, Frida, Tolstoi, Bolshoi, Terry Gilliam, Shakespeare William...”) Aprendí sobre un tal Hesse y de un Thomas Mann, y todo sobre el existencialismo alemán. Y ella me sigue dando cátedra todo el día, aunque por suerte de vez en cuando su cuerpo respira. Su cuerpo respira, su cuerpo respira. Yo no quiero que pienses tanto, cumbiera intelectual. Yo voy a rezarle a tu santo, para que seas más normal. Para que te puedas soltar... Cumbierita, cómo la quiero...

Saturday, August 13, 2011

Como o Rio é bom!

Como o Rio é bom... De novo, estou fazendo de cicerone aqui, e é uma maravilha, diferente a cada vez. Esta cidade me enche de energia... O melhor é sempre e em primeiríssimo lugar rever a Bel (e a Carol e a Karyn, mas ainda não encontrei elas). E a seguir a companhia dos amigos ou familiares que estão comigo, e logo as pessoas novas que a gente conhece, os lugares... Tem lugares onde não consigo deixar de ir, uma e outra vez (perdi a conta das vezes que peguei o bondinho de Santa Teresa), mas depois eu me viro para fazer "o meu" roteiro também, hehe, ir para lugares novos, ou antigos que ainda não conheço. Tipo, fomos na Lapa, mas levei a Eli e o Josep, o casal de amigos que está comigo, no Clube dos Democráticos em vez de no Carioca da Gema (incrível, o Clube: lembrou-me dos lugares que minha vó descreve quando fala dos bailes onde ia quando jovem, lá pelos anos 40, esses "ateneus" ou "cassinos" das cidadezinhas fora de Barcelona, com seus tetos altíssimos, espaços amplos, palco para a orquestra com mesas ao redor, os homens tirando as mulheres para dançar); em vez de no Circo Voador, na Fundição Progresso, em vez de no supermercado Zona Sul da General Osório, no Hortifruti do Leblon (novo, recomendado pela Bel). Aproveitando que o Josep gosta de arquitetura, fui pela primeira vez a Niterói, ver o museu (maravilha de museu e maravilha de passeio em barca para atravessar a bahia; leva só uns 25 minutos, desde a Praça XV; a Bel, carioca "daquelas" :p, disse que o melhor de Niterói é a vista, mas eu adorei passear por lá, nada a ver com o agito do Rio). Hoje vamos à antiga casa dos Salles, que agora é a Fundação Moreira Salles, com o jardim de Burle Marx (quem assistiu ao documentário Santiago sabe como é lindo), também vai ser novo para mim. E novo foi subir à favela do Cantagalo: na estação de metrô General Osório construíram um baita elevador, mais alto que o Lacerda, muito moderno e tal, e as vistas são incríveis, e dá para andar um pouco pela comunidade, tomar uma cerveja, muuuito bom. E o albergue! Voltou minha fé nos albergues. O Terrasse Hostel, na Farme de Amoedo (é a rua dos gays em Ipanema) é para mochileiros mesmo, de todos os lugares e idades, sem nada de discoteca dentro do albergue, bem diferente do Copa Hostel em Copacabana, ou do Kabul de Barcelona, ou do... odiei tanto que até esqueci o nome: esse que me deixou em desespero na Avenida de Mayo, em Buenos Aires... Aqui tem mochileiros com vontade de conhecer o lugar (vontade de festa, também, mas de festa carioca, não dessas às que dá para ir em qualquer lugar do mundo). Conhecemos um colombiano, um australiano (ontem fui com eles à Lapa, meus amigos não foram, estavam acabados, hehe; antes de ontem saí com eles à noite e hoje também vai ter festa, quem sabe na quadra da Salgueiro, ou, se não, melhor ainda, com a sobrinha da Bel, que sempre sabe qual é a boa); um casal de irlandeses muito queridos, etc. E os caras do albergue também são super atenciosos, queridos. É tudo de bom... A praia fica para amanhã domingo. Acho que vai dar para tomar banho de mar. À noite está fresco, mas durante o dia chegamos aos 30°C...

Postado sem revisar! Fotos num próximo post! 

Friday, August 12, 2011

Faltam 10 dias! :)))

(Faltam 9, na verdade; queria ter postado o cartaz ontem.)

























(Gosto demais da Ana e do que ela escreve, e o que eu poderia pôr, ou tentar pôr aqui em palavras não faria sentido, seria sempre pouco, curto, pequeno... A Ana é incrível, deixo só o cartaz.)

(Sempre juntos na aventura, Ana, desde "my mother is a fish".)

(Estou muito feliz.)

Sunday, August 07, 2011

Postals de Catalunya per als amics de Brasil i 3

















Piruletes del RCD Espanyol de Barcelona, a la pastisseria Nacha, Avinguda de Sarrià, Barcelona.


















Coca-coles catalanes. A l'esquerra, un Cristóbal Colón amb mal de cap, que no sap ben bé en quina direcció apuntar l'índex; al centre, un romà plorant a les ruïnes d'Empúries; a la dreta, la Sagrada Família.


















Una crema catalana de debò. Aquesta és d'un restaurant de S'Agaró.


















La mateixa crema catalana amb la capa fina i uniforme de sucre ja trencada. Nota: a la propera reunió de l'Ambaixada de Catalunya a Porto Alegre se servirà una crema catalana preparada per l'il·lustríssim senyor Ambaixador. Tothom hi és convidat. Caldrà xiuxiuejar un vers en català a l'intèrfon (només un vers, no un poema sencer), com a contrasenya per poder entrar. Per exemple: "Jo prenc entre mes mans la nua criatura" (Carles Riba), o "car, fet i fet, tampoc no sóc tan ase" (Pere Quart).


















Uns versos folklòrics catalans. Similars a "tristeza não tem fim, felicidade sim" o a "es tan corto el amor, y es tan largo el olvido".


















Estat actual de les obres de la Sagrada Família, tot passant amb el cotxe. Nau central ja coberta, olé!


















Festa a casa la Mar i el David. Retrobar la Mar (després de cinc anys!) ha estat una de les coses més boniques que m'han passat aquest darrer mes (la Mar, dissenyadora gràfica, va treballar molt amb mi quan jo feia d'editor).


















La família de la Mar (i la mateixa Mar, és clar) és gallega, i alguns familiars i amics seus són percebeiros (i percebeiras!). La festa, a part de per reunir un grupet d'amics, era per tastar els percebes envasats i el paté de percebe de la marca 27 percebeir@s. La Mar ha dissenyat les etiquetes i el packaging. Vam provar els "percebes al natural con uña", els "percebes al natural sin uña" i el "paté de percebe" (només va faltar el "paté de percebe con algas exóticas", que provarem per Nadal). I moltes més delícies (salmó, pernil ibèric, taula de formatges, vi gallec) que la Mar va preparar.


















Lobos de mar: Uri, Rous, Betina, Marc.


















Lobo de mar. (Al timón, qué miedo!) Jo vaig fer snorkel, perquè sóc miop i no faig servir lentilles, i perquè no volia que m'explotessin els pulmons; ells van fer submarinisme de veritat (però van veure menys peixos que jo: el Mediterrani s'està despoblant...).


PS nostalgico-musical: Aquests últims dies m'ha donat per cantar uns versos, "si lo que vas a decir no es más bello que el silencio, no lo vayas a decir", que sabia que eren de El Último de la Fila però no recordava de quina cançó. La cançó, dels anys 80, és "Cuando el mar te tenga". El Último de la Fila agradaven molt a l'Inma, una companya de l'institut, va ser a través d'ella que els vaig conèixer. Si l'Uri, que és de viatge, fos aquí, li preguntaria si els versos són del Tao. Podrien ser-ho, o podrien ser àrabs.



Vuela al viento espuma del mar, / vuela al viento y vuélvelo a volar. / Mezcla el mundo, ruge mistral, / mezcla el mundo y mézclanos con él. / Ahórrate esas palabras de amor / que nadie va a comprender, / ni tan sólo yo. / Si lo que vas a decir no es más bello que el silencio, / no lo vayas a decir. / Que hable el mundo y calle el hombre, / calle el hombre y vuélvase a callar. / Mezcla el mundo, ruge mistral, / mezcla el mundo y mézclanos con él. / Ruge mistral, vuélvenos locos de atar / y con tu antiguo furor / llévate a aquel que ose hablar. / Mientras todos duerman te amaré. / Cuando todos hablen huiré. / Lejos, muy lejos, en silencio. / Lejos, muy lejos, en silencio. / Cuando el bosque te hable te hablaré. / Cuando el mar te tenga te tendré. / Murmullo de una oración / minúscula y dulce. / Murmullo de tu respiración / al despertar. / Ruge mistral, medio dios, / llévate el mundo de aquí, / peina la espuma del mar / y llévanos muy lejos, muy lejos.

Tuesday, August 02, 2011

Postals de Catalunya per als amics de Brasil 2


Cadaqués, Costa Brava.



Prenent un te a Cadaqués, a la vora de l'aigua.


















Fent un arròs amb llamàntol a casa el Marc, amic de l'Uri, a Colera.


















Obra d'un artista okupa emprenyat.


















Casa de l'artista okupa (o okupa artista), al barri de la Sagrera, Barcelona.


















Porta de casa de pagès a Montbrió del Camp, província de Tarragona.


















Amb amics (i fills d'amics) a Montbrió.


















Aniversari de l'estimada Montse a Montbrió (no és una sessió espiritista, la càmera va agafar poca llum).


















Escultura erotico-pornogràfica a la Rambla del Raval, Barcelona.


















El "Gato", de Botero, a la Rambla del Raval.






















Exposició Canvi de rumb, a l'Hospital de Sant Pau (brúixola apuntant al sud).