Tuesday, September 11, 2012

Elis e Gal

Há umas duas semanas vi, em casa do Sérgio, esta gravação histórica pela primeira vez. Está num DVD que é uma joia, todo ele (esqueci o nome; Sérgio?). Dei-me conta de por que é quase unanimemente aceito que Elis Regina foi a melhor cantora do Brasil (demorei!), mas não só: fiquei impressionado com como ela sorri, brinca, gesticula, dança, olha para o Jobim, dá risada... Enfim, encantei-me com ela.

(O vídeo é sobretudo para os amigos espanhóis - os brasileiros devem tê-lo assistido dezenas de vezes.)




E logo tem a Gal Costa. (Para o Caetano, é ela a melhor voz do Brasil.) (Estou falando em "melhores", mas isso pouco importa, tem muitas vozes incríveis aqui, o motivo do post são meus... descobrimentos tardios.) Em dezembro passado, no Rio, quando fui comprar o novo CD da Gal, Recanto, a Bel me disse se conhecia ela bem. Eu disse meio envergonhado que "não muito", e a Bel me mostrou este outro vídeo, da música "Meu nome é Gal" (letra linda*): "veja o que ela faz com a voz, em duelo com a guitarra elétrica" (ou é um baixo?). Vídeo de 1981.




* (De Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Meu nome é Gal 
E desejo me corresponder 
Com um rapaz que seja o tal 
Meu nome é Gal 
E não faz mal 
Que ele não seja branco, não tenha cultura
De qualquer altura 
Eu amo igual 
Meu nome é Gal 
E tanto faz que ele tenha defeito 
Ou traga no peito 
Crença ou tradição
Meu nome é Gal 
E eu amo igual
Ah, meu nome é Gal


PS: Aqui sim: A Rolling Stone Brasil está fazendo uma enquete para escolher as maiores vozes do Brasil. Dá para votar:
http://www.rollingstone.com.br/enquete/maiores-vozes-do-brasil

2 comments:

Sergio Lulkin said...

A linguagem musical basta". A frase aparece ao final do documentário "A Música Segundo Tom Jobim", é do próprio Tom Jobim e funciona como uma justificativa para o que foi exibido pouco antes: uma hora e meia de canções do maestro, morto em 1994, sem qualquer depoimento ou legenda. Só música. A decisão de "cortar o blá blá blá" foi do diretor Nelson Pereira dos Santos. Um dos maiores cineastas do Brasil (tem no currículo obras como "Rio 40 Graus", "Vidas Secas" e "Memórias do Cárcere"), ele começou a trabalhar no filme em 2008 e, desde o princípio, queria que o documentário fosse totalmente musical. "Queríamos ultrapassar a barreira da língua. Nada de pessoas falando português com legendas. Ou o filme não seria exibido nem no Uruguai", justifica. "Um filme documentário do Tom Jobim tem que ter uma carreira internacional. Não poderia ficar restrito ao Brasil."

Roger said...

Bah, isso mais é post do que comment! Gracias, señor! Vou comprar. E queria ver esses outros filmes, vou te roubar.