Bésame mucho (Chico & Rita)

Meu irmão Uri assistiu ontem (com atraso: meus pais assistiram há um mês, e adoraram) ao filme de animação Chico & Rita, do diretor Fernando Trueba e o ilustrador Javier Mariscal, que conta uma história de amor ambientada em La Habana dos anos 40. Ele escreve dizendo que é "um grande filme". Diz que "o roteiro não é nada de mais, mas o filme está feito com amor, pela música e pelo cinema, e dá para perceber". Logo meio que esculhamba o Mariscal, "em geral não gosto dele, aqui alguém deve ter lhe ensinado a usar as cores", e por último envia uma cena do filme para que eu poste no blog.

Como no blog se aceitam colaborações e sugestões, eu posto. Além do mais, gosto desse trecho, tanto que já o tinha enviado para o Ronaldo e a Rose, de Salvador. Mas o fiz porque gostei da interpretação de "Bésame mucho", que um dia ouvi com eles na voz de Arnaldo Antunes. E só. O trailer e as poucas cenas do filme que estão no youTube me desapontaram. O traço do desenho, a lentidão nos movimentos (esse pestanejar!), a candura,... tudo é disneyniano demais (Pocahontas?). E isso, em tempos da Pixar, e vindo de Mariscal, me deixou inquieto. Inquieto mesmo, já que, ao contrário do Uri, gosto do Mariscal "anos 80".

Enfim, a cena é linda e a interpretação mais linda ainda (quando eu vi, havia polêmica no youTube sobre quem é que canta; não sei).




PS nada a ver: Hoje minha querida cunhada - não gosto dessa palavra... Minha querida Nelia me enviou um conselho que adorei. Pode ser sobre criação literária ou outros tipos de criação. Mas também sobre a vida em geral. Curto e simples: "La perfecció és molt avorrida i gens atractiva" (a perfeição é muito entediante e nada atrativa).