Sunday, March 16, 2008

De como é duro ser uma lôrabúrra

Estive em uma festa de aniversário, à noite, um churrasco em casa de um parente do aniversariante. Com jovens e adultos. Umas 40 pessoas ao total, distribuídas, na hora da janta, entre a mesa da sala de festas e as mesinhas colocadas sob céu aberto, no pátio, à beira da piscina. Lá pela metade da festa chegaram um garoto, parente, e sua acompanhante, uma lôrabúrra (loira burra, rubia burra, stupid blonde: existe em todos os idiómas e em todos os lugares, ao que parece). A menina usava um vestido vermelho curto e decotado, e seus grandes seios, apertados, pereciam prestes a explodir; e estava com muita maquiagem. A primeira frase que um dos adultos falou, ao receber o casal, foi, dirigindo-se ao garoto: "Pô, cara, tu está com uma namorada nova a cada semana!". Ele não pareceu se incomodar. Respondeu, rindo: "Nem tanto! Só a cada duas, três!" (ou alguma coisa parecida). Ela, quieta. Até sorrindo, achei. Mais tarde, alguém da mesa dos adultos, de dentro da sala de festas, gritou: "Menina, com as mãos não! Tem garfo e faca!". É que a menina estava comendo uma costela com as mãos, no pátio, sentada com o namorado. E o mesmo homem falou à mulher ao lado: "E tu que achava que tinha arrumado uma princesa como nora! Ha ha!". Mais tarde ainda, a menina passou a estar sozinha, de braços cruzados mas sempre sorrindo, na mesinha em que tinha estado jantando com o namorado. A turma de jovens estava reunida, batendo papo, em uma mesa atrás da dela, namorado incluído. E ela ficou lá, olhando para o nada e sorrindo, um tempão. Abandonada que nem um objeto ou um velho troféu. É verdade que houve um momento em que ele se mostrou atencioso. E é que depois de deixá-la sozinha por uns quinze minutos, aproximou-se um momento para jogar em cima de seus ombros e seus seios um blusão. A noite estava ficando mais fria...

No comments: