Sunday, November 20, 2011

Fótons emaranhados

Da reportagem de Bernardo Esteves, na revista Piauí de outubro, sobre o físico Luis Davidovich, professor na UFRJ e um dos nomes de referência da área da mecânica quântica.

Encantei-me com este parágrafo:


No romance Os Irmãos Corsos, de 1844, Alexandre Dumas contou a história de dois gêmeos que, separados pela vida, permanecem unidos por uma ligação misteriosa, de teor telepático. A dor que um deles sente na Córsega é experimentada pelo outro no continente. Na física quântica, ocorrem fenômenos semelhantes, que desafiam o bom-senso. Ao ser disparado contra um cristal, um feixe de laser pode gerar pares de partículas que os físicos chamam de fótons gêmeos, ou emaranhados. Nesse estado, continuam a se comportar como se fossem um objeto único, mesmo depois de se separarem. Qualquer ação sofrida por um deles se reflete no estado do outro, ainda que estejam distantes milhares de quilômetros. E difícil fugir à esfera do sobrenatural quando se imagina tal emaranhamento no plano microscópico. O próprio Einstein, quando vislumbrou o fenômeno num trabalho teórico, chamou-o de "ação fantasmagórica a distância".


PS nada a ver: © da nova foto da cabeceira do blog também Ramon.

3 comments:

Sergio Lulkin said...

Conheces "Les Météores" do Michel Tournier? Acho que vais gostar. Has de llegir en francés.

Roger said...

Sei quem ele é, mas não conheço o livro (nem esse nem outros). Tu l'as, tu me le prête?

Sergio Lulkin said...

Bien sur, j´en ai plusieurs et aussi les météores.