Tuesday, October 09, 2007

Tropa de elite

José Padilha, director de la película Tropa de elite, sobre la vida en el Batallón de Operaciones Especiales (BOPE) de Río de Janeiro, describió así la situación de los policías que luchan contra los traficantes de drogas en las favelas.

Hay un desfase entre lo que se pide y lo que se da a los policías. ¿Qué da la sociedad a los policías? Un sueldo de miseria (1.000 reales) y una mala formación. ¿Qué pide la sociedad a los policías? Que se enfrenten a marginados extremadamente bien armados y sin ningún respeto por la vida. En esas condiciones, el policía sólo tiene tres opciones. Una: dejarse corromper. Dos: desentenderse. Tres: ir a la guerra. Si decide ir a la guerra, ésta puede ser en dos sentidos. Uno: contra el propio cuerpo de policía (policías corruptos del mismo batallón). Dos: contra los marginados. Quienes "van a la guerra", como el protagonista de la película, Capitão Nascimento, sin escrúpulos, torturador, están aceptando 1) sufrir síndrome de pánico y otros trastornos psíquicos, 2) la imposibilidad de formar o mantener una familia, 3) el riesgo de morir en cualquier momento, estando de servicio o no.

(Continuará.)

(Vale la pena visitar el site -volumen al máximo; vistas aéreas de las favelas en "Mapa das comunidades". Antes de su estreno la película había sido vista por siete millones de personas; las copias pirateadas se venden a montones en el centro de Porto Alegre.)

Sunday, October 07, 2007

Miaarose cantando em português (Nunca me esqueci de ti, de Rui Veloso)

Outra pequena alegria =) E uma grande surpresa, pois essa menina sempre tinha cantado em inglês.

Quem ia dizer!

(Prêmio para quem entenda o que ela diz entre "Olá" e "que nunca tinha falado português nos meus vídeos".)

É o cais. Flor do cais...


Saturday, October 06, 2007

Fútbol










El Espanyol, a distancia, me da pequeñas alegrías.

Extraño...

(...)

Y ya es quinto (tercero, si descontamos a Bar$a y Madrid).

(...)

¡Uy! ¡¡El Madrid (306 millones €) ha ganado al Recreativo de Huelva (10 millones)!!

(Leo en la Folha de São Paulo que los grandes clubs han enviado una carta a la Unión Europea pidiendo que ignore a Michel Platini, presidente de la UEFA, que pide reglas especiales para librar al fútbol de "la maligna influencia del dinero". No conocía ese plan. Si a los "grandes" no les gusta, ¡que jueguen sólo entre ellos!)

(Por otro lado, eso nos privaría de ganar 3-1 al Bar$a... Mmm. No sé no...)

Tuesday, October 02, 2007

In media res

Este é o primeiro exercício do curso de criação literária da Faculdade de Letras da PUCRS, no qual estou participando como aluno convidado, à espera de poder cursá-lo oficialmente no ano que vem.


Perdido, pensou nesse articulista experto que dizia que bastava cortar as primeiras frases para deixar um texto bom. Mas isso não era começar in media res. Tentou lembrar a primeira vez que ouviu essas palavras, no colégio. Não lhe provocaram nenhuma impressão especial; provavelmente anotou-as na folha e continuou olhando a professora, por quem estava apaixonado. Pensou no início de O apanhador no campo de centeio, com esse menino que não tinha vontade de começar a contar sua história pelo começo (ou esse era o Huckleberry Finn?). Um in media res argumentado? De qualquer jeito, era um livro demasiado popular (crime). Veio-lhe à cabeça o início de Cem anos de solidão: “Muchos años después, frente al pelotón de fusilamiento...” Um in media res perfeito. Mas, de tão repetida e imitada, essa frase parecia-lhe ter sido ruim desde o momento de sua criação. Foi então que pensou na possibilidade de plagiar o começo de alguma obra obscura.

Dez anos atrás, quando ainda estava em Barcelona, não se concebia que escrever pudesse ser ensinado. Para aprender a escrever, ele e seus colegas de faculdade concordavam, só era necessário ler. E eles liam aos melhores. E, dos melhores, só o melhor. Lido o Dr. Faustus, já não liam A montanha mágica. Lido O som e a fúria, achavam desnecessário ler Absalom, Absalom. Aprendiam, também, ouvindo o que diziam ou deixaram escrito os escritores mais admirados. Como Josep Pla, que fumava para encontrar “o adjetivo”, e cuja sentença “o mais profundo está na superfície” era das mais repetidas nas conversas no bar. Sentiam-se capazes de chegar a escrever (escrever era escrever bem) e estavam resolvidos a desistir desse objetivo se não o conseguissem. Jovens, engraçados, soberbos com despreocupação, gostavam especialmente das conversas dedicadas a estripar alegremente os escritores que, ainda estando em todas as listas, eles achavam por unanimidade menores.

Assim como estudar escritura criativa, nesses tempos recorrer ao plagio teria lhe parecido uma insensatez. Mas agora ele estava lá, no Brasil, numa aula com dezoito aprendizes de escritor. Que nem numa aula de inglês. E, de alguma forma, precisava demonstrar que ele não era um aprendiz. Convencido, considerava-se a si mesmo um escritor que não escrevia. E foi assim que, consciente de que, por circunstancias da vida, esse estado injusto ia demorar em mudar, e com a vontade escondida de impressionar seus novos colegas, achou justificada sua determinação. Buscaria na internet um bom começo in media res. Deveria haver um monte. Tirando Mercè Rodoreda (alguém era capaz de conhecê-la!), quase qualquer autor catalão serviria. E, no final, plagiar também era uma arte.

Saturday, September 29, 2007

POATV

Começam hoje as emissões da nova TV do Rugê: Porto Alegre Tevê
Empiezan hoy las emisiones de la nueva TV de Roger: Porto Alegre Te Ve

Programa: "Eu sou colorado sim" / "Yo también soy del Internacional"


Wednesday, September 26, 2007

Mano Brown

Comentarios del rapper Mano Brown, líder del grupo Racionais MC's, entrevistado en el programa "Roda Viva", de TV Cultura (24/06/07).

"Me gusta Lula. Hablo bien de Lula en cualquier parte."

"La ley no es para todo el mundo."

"Donde hoy hay menos violencia es en la favela."

"¿Quién da seguridad a la favela?" "¿La policía?"

"Hablar de traficantes es jodido, es como hablar de los nuestros, ¿no?, amigos. Vamos a dejar de usar la palabra 'traficante' y usar 'comerciante'."

"¿Quién sabe lo que pasa en la favela? ¿El gobierno? No. ¿El asistente social? ¿La ONG? Lo saben en un 50%, 70%. Sólo quien está dentro sabe lo que pasa en la favela."

"Ellos no van a la cárcel porque no son negros." [Ellos: vendedores de alcohol, en contraposición a los vendedores de drogas.]

"El padre de familia esconde que es usuario del bolsa-familia. Tiene orgullo. El bolsa-familia es positivo por un lado y negativo por otro." [Bolsa-familia: Programa de ayuda económica a las familias pobres a cambio de asistencia regular de los niños al colegio y de examenes médicos. Criticado por los medios y los políticos conservadores como asistencialista.]

"La comunidad es la que hace que termine la violencia." [Comunidad: aquí, personas que viven en la favela o comunidad.]

"Marta hizo un montón de escuelas para nosotros. Me cabreó que no ganara. Nuestra clase estaba dividida. En la misma boca de urna me encontré a amigos que no sabían a quien votar (¿pero cómo vas a votar a Serra?). Las clases A, B y C estaban unidas. Los ricos están unidos." [Marta: Marta Suplicy, del Partido de los Trabajadores, ex alcalde de São Paulo y candidata a gobernadora del Estado. Serra: José Serra, actual gobernador, del PSDB, partido de centro, socialdemócrata.]

"Los vendedores ambulantes también son trabajadores. Si tuvieran la posibilidad de hacer otro trabajo, lo harían."

"Las cuotas para negros son importantes." "Brasil debe mucho a los negros, no sólo la facultad. La facultad es sólo un detalle. Las cuotas para negros son lo mínimo." [Cuotas: Sistema de discriminación positiva implantado en algunas universidades, similar al que existe en Estados Unidos. Muy criticado por los medios y los políticos conservadores.]

"Tener actitud significa actuar." "Actuar puede ser apartar una bolsa de basura del medio de la calle para que un coche no la aplaste y desparrame."

"Tengo hermanos artistas presos, inutilizados por el sistema. Gente que en la calle ayudaría a cambiar las cosas."

"Nuestra música hace de compañero. No de padre o de psicólogo. Está a tu altura. No mira desde arriba."

"Nosotros entendemos los errores de nuestro público y ellos entienden los nuestros." "Al rap se le exige mucho."

"Yo sería un tipo 'paz y amor'. Pero la vida no es esa."

Monday, September 24, 2007

Show do Tom Zé (+ Pato Fu)




"Tu vai ao show do Tom Zé += – Nossa Roger, que legal, acho muito o Tom um artista Alternativo, Autêntico, aliás o único! Vai tirar foto, vai gravar, manda elas pra mim e pra Rose, pois ela também gosta do Tom Zé!" (Ronaldo)

O show do Tom Zé foi estranho... Esse último disco não tem letras (ele fala no vídeo: "Foi feito por causa da juventude que respondendo uma pesquisa da MTV disse que era hedonista, egoísta, consumista... O disco não tem nem uma palavra porque uma das respostas da juventude foi quando perguntaram sobre letra de música eles falaram: 'não gostamos'"). Então tem uma música com espirros, outra que é sempre "why why why", e por aí vai. Nessa parte, gostei mais do que ele falava entre as músicas do que das próprias músicas. Mas depois, fechando os olhos, comecei a curtir a música mesmo, os ritmos, as sonoridades esquisitas, a força... Isso foi bom. E no final a gente acabou dançando o "Xique xique" e o "Companheiro Bush" (Se você já sabe / quem vendeu aquela bomba pro Iraque, / desembuche. / Eu desconfio que foi o Bush...). Gostei também duma canção sobre prostituição infantil, "O PIB da PIB" (Imagine um gringo daquele tamanho / em cima da criança pobre nordestina, / sufocada, magricela, seca, pequenina. / Ah, Nossa Senhora minha).

E a Fernanda... Não falei na Fernanda Takai (Pato Fu) ainda... Ela é realmente uma gatinha, super linda e super simpática. Fui no pocket show, na Livraria Cultura. E fiquei a quatro metros dela, num auditório para umas 100 pessoas só. Cantou 6 músicas, e achei o John muito simpático também. Depois teve sessão de autógrafos, e se formou uma filona. As pessoas não só queriam autógrafo no CD, queriam também foto com eles (todo o mundo com sua câmera digital, e os artistas sempre sorrindo -paciência!). Desisti, fiquei olhando a Fernanda de perto mais um tempo, e, em vez do CD, comprei o livro Ninguém é inocente em São Paulo, do Ferréz, muito bom, sobre a vida na periferia paulistana.

E... maravilha! Acabei de descobrir que alguém gravou uma música desse pocket show ao que eu assisti! A mais fantástica, com a Fernanda usando um boneco comprado no Japão e um Casiotone!!!! (Maravilha mesmo! A gente nem precisa levar sua câmera pra os lugares!)

E TEM MAIS, EU APAREÇO!!! HAHAHAHAHAHA


Friday, September 21, 2007

Da Folha para vocês 4 (Piloto genial, gênio nem tanto, de Fábio Seixas)

Este artículo no trata sólo de Fórmula 1 (ni siquiera principalmente de Fórmula 1 -que no me interesa). Trata del falso amor por el deporte (con frecuencia, forma disfrazada de nacionalismo), del verdadero amor o la pasión por el deporte (que se percibe, en general, en Brasil, donde se siguen casi todos los deportes, juegue quien juegue -hasta si juega el Espanyol), y del desagradecimiento.


Una de las varias idiosincrasias de la Fórmula 1, una de las más perceptibles en los bastidores de la categoría, son los ciclos de periodistas que frecuentan las salas de prensa.

Ingleses e italianos siempre han sido parte del paisaje, siempre lo serán. El resto fluctúa en función de los resultados.

A principios de los 90, los bancos estaban llenos de franceses y brasileños. Y no hace falta mucha perspicacia para imaginar el flujo siguiente: alemanes. Hace cuatro años, llegaron los españoles. "As", "Marca", "El País", "Tele 5", "Mundo Deportivo", todos, hoy, viajan a los Grandes Premios.

Mucho antes de esta última invasión, sin embargo, estaba José María Rubio. Periodista y fotógrafo, Rubio iba contra la marea. En un país que rendía culto al motociclismo, se empeñaba en cubrir su pasión, la F-1, y fue, durante años y años, el único español en el Mundial.

Hasta que llegó Alonso.

Un chico humilde de Oviedo, medio perdido en ese gran mundo.

¿Un compatriota necesitado de ayuda? Rubio no lo dudó. Sin esconder su satisfacción, se olvidó por un tiempo de su faceta de periodista y lo adoptó.

Era él quien explicaba y enseñaba al joven piloto los entresijos y trampas de aquel ambiente. Era él quien transportaba a Alonso arriba y abajo, quien le presentaba a las personas.

Recuerdo la alegría juvenil del viejo periodista cuando Alonso obtuvo su única victoria en la F-3000, en Spa. Y recuerdo haber invitado a un emocionado Rubio a hablar en la radio Bandeirantes cuando Alonso daba la última vuelta el día de su primera victoria en la F-1, en 2003, en Hungría. Y recuerdo cruzarme con el colega en el aeropuerto de Bahrein en 2004: era de madrugada, estreno en ese país de la F-1, y él, receloso de que su amigo se perdiera, estaba allí, en el desembarque, con prontitud.

Y recuerdo a un fastidiado Rubio, en un minibús en Hockenheim, en 2005. Fastidiado, arrasado y triste.

Días antes, había publicado alguna crónica que desagradó a Alonso. Cuando llegó al motor-home de Renault, en vez de al amigo-pupilo-protegido, se encontró a un hostil piloto a punto de conquistar el Mundial. La entonces sensación de la F-1, la novedad que llegaba para desafiar al establishment, se negó a conversar con Rubio. Y lo expulsó del lugar.

Este mismo Alonso dividió al equipo Renault el año pasado, en el GP de Japón. Y ahora, en McLaren, no se habla con su jefe.

Piloto genial, frío y habilidoso, Alonso todavía no ha sido perjudicado por su temperamento. Todavía. Porque la F-1 ya ha dado muestras de saber librarse rápidamente de los estorbos, por más geniales que sean.

¿Ganará este Mundial? Mi apuesta es que sí. ¿Correrá en Renault en 2008? También creo que sí.

Entre una cosa y otra, unas vacaciones en las Islas Canarias o en Cuba, por ejemplo, le irían bien para colocar la cabeza en su sitio. Y salvar el pescuezo.

Thursday, September 20, 2007

Traduccions de Brasil 35 (A vida é um moinho, de Cartola)



Daniel de Oliveira interpretando a Cazuza interpretando la canción de Cartola (de la película Cazuza)

Hace aproximadamente un mes, entré en la cocina y le pregunté a mi abuela:
- Abuela, la vida es...
No esperaba que contestara "un molino", ni "un sueño"... Esperaba que dijera: "una noria"; o: "una tómbola".
Pero me miró y dijo como si me insultara:
- ¡UNA MIERDA!

Aún es pronto amor
Sólo empezaste a conocer la vida
Y ya anuncias la hora de partida
Sin saber qué rumbo tomarás

Presta atención, querida
Aunque sepa que estás decidida
En cada esquina pierdes un poco de vida
Y en poco tiempo no serás lo que eres hoy

Óyeme bien, amor
Presta atención, el mundo es un molino
Va a triturar tus sueños tan mezquinos
Va a reducir a polvo tu ilusión

Presta atención, querida
De cada amor heredarás sólo el cinismo
Sin darte cuenta estás al borde del abismo
Abismo que cavaste con tus pies

Saturday, September 15, 2007

As quatro estações

Várias coisas eu gostei no documental sobre Renato Russo ("Por Toda a Minha Vida") que passou ontem na TV Globo (algumas eu sabia por ter lido o livro de Arthur Dapieve em que o documental está baseado). 1) Renato cortou os pulsos quando era o Trovador Solitário, antes de formar a Legião Urbana. Provavelmente não com a intenção de se matar, mas... 2) Durante a gravação do primeiro CD, dois produtores desistiram, cansados de brigar com a banda. O terceiro quis fazê-lo também. Na dramatização, ele aparece no carro, sob a chuva, indo embora do estúdio, com Renato e Bonfá correndo atrás dele para tentar lhe convencer de voltar. "Você quer que a Legião seja a maior banda do rock nacional?", pergunta o produtor, chateado. "Quero." "Então segura a onda, Renato." Gostei muito dessa expressão, segura a onda, que eu tinha lido e até ouvido algumas vezes, mas cujo sentido só entendi realmente ontem. Não saberia traduzi-la. Segurar em espanhol é "agarrar", "sujetar"; onda é "ola", "ola del mar". (O "Força sempre!" com que Renato encerrava os shows seria uma versão desse "segura a onda"). 3) O último CD da Legião, A Tempestade, meu preferido, foi gravado três meses antes da morte de Renato, quando ele estava já muito doente. O que não sabia é que quase todas as músicas desse álbum foram first takes (Renato se recusou a regrava-las). 4) Foi legal ver de novo o trecho da entrevista em que Dado-Villalobos explica o que significa em português Legio Urbana Omnia Vincit, porque ele faz isso dum jeito muito querido, devagar, como falando para criança, como se ele mesmo estivesse descobrindo o significado da frase nesse momento. 5) O breve depoimento do filho, Giuliano, cuja música preferida, ele diz, é "Perfeição". (Só faltou, para mim, o depoimento que a mãe de Renato fez uma vez num outro programa, em que ela dizia que aquilo do que sentia mais saudade era do abraço do seu filho, um abraço muito forte que a envolvia. 6) Os peitinhos da Fernanda Lima, apresentadora do documental, quando aparece vestida de macacão (em espanhol, mono; mono de mecánico, tchê).

Friday, September 14, 2007

Tower of the Dead


Monoblock
, 2003


This is the work I liked best at the exhibition dedicated to Argentinean artist Jorge Macchi in the 6ª Bienal do Mercosul, happening in Porto Alegre (September 1 - November 18, 2007).

(There is a very tiny space between the newspaper pages -you can't see that well in the pictures. And the pages are delicately pinned with needles.)

Tuesday, September 11, 2007

Abre caminho



Linda Bahia, lindo Rio Vermelho, lindo mar, lindo luar...


E isto, bem diferente, também é Bahia: Rebeca Matta cantando Tom Zé.

(Obrigadão, Rose.)

PS: Ganhei um ingresso para um show do Tom Zé aqui em Porto Alegre. Já vou contar.

Wednesday, September 05, 2007

Llegar a Brasil no es fácil (una pequeña odisea)

Día 3 de septiembre, 7:00, cafetería de la Terminal A del Aeropuerto de Barcelona. Una vez más, me impaciento oyendo a mis padres hablar sobre cómo adjuntar un archivo a un e-mail. Y sobre la necesidad de hacer otro curso de informática ("esta vez, de verdad"). Ya lo hicieron. Tudo bem, tudo bem. 8:20, Puerta n° 39. Embarque. Alguien grita mi nombre desde dentro del autobús, y una cabecita se asoma por la puerta. Es Ana, amiga mía. En realidad, hija de unos amigos de mis padres. Siempre me cayó bien. Y me recuerda los felices veranos de Dublín. Trabaja para Damm y está yendo a Dresden a entrevistarse con un argentino responsable del departamento de importación-exportación de una marca de cervezas alemana. Yo estoy en la fila 16, ella en la 17. Pero a mi lado no hay nadie y ella se sienta conmigo. Conversamos sobre su trabajo, sobre mí, sobre amigos de ella que hace tiempo que yo no veo. Y, especialmente, sobre su hija, Alba, de cinco meses. Me enseña unas fotos bonitas de Alba en la playa. Al cabo de una hora, yo, maleducado, me duermo (he dormido sólo cuatro horas), y ella coge mi periódico. 10:20, Aeropuerto de Munich. Besos y buenos deseos. Caminamos en sentidos opuestos para coger nuestros siguientes vuelos. Embarque inmediato, tanto el suyo como el mío. Después de las 10:40, interior de un Boeing nosecuantos. Estoy sentado en la parte central, al lado del pasillo. A mi derecha, un señor sueco. ¿Cuándo me voy a sentar al lado de una top model en un vuelo transoceánico? Durante el vuelo. Leo 30 páginas de la nueva novela de Nick Hornby. Recomendación de Oriol. Una historia sobre cuatro jóvenes que se quieren suicidar. El libro me parece de humor adolescente, abandono. Empiezo la novela La suerte de Jim, de Kingsley Amis, también cómica. Esta me gusta, leo hasta la página 100. Escribo una frase (¡una frase!) en mi nuevo Moleskine. Como pollo con verduras y arroz, y pienso que la comida de Lufthansa es mejor que la comida de un restaurante barcelonés de menú. Duermo. Cuando me parece que ya debemos de estar sobrevolando Recife, estamos todavía en las Islas Canarias (por ir hacia el Este, de Barcelona a Munich, he volado cinco horas más de lo habitual). Veo la mitad de Shrek 3. Me aburro y sigo leyendo. Al sobrevolar Salvador, alguien se confunde y canta "O Rio de Janeiro continua lindo". Otra buena comida. A la altura de Poços de Caldas, muy cerca ya de destino, el piloto hace un tirabuzón que queda dibujado en el mapa. Supongo que hay tráfico en São Paulo. Ya sobre la ciudad, el avión se pone a dar vueltas alrededor del puntito grande de la pantalla, acercándose y alejándose, como un pájaro flirteando. 19:00 hora local (24:00 en Barcelona). Aterrizaje en el Aeropuerto Internacional de Guarulhos. Mi maleta no ha llegado. Me encanta esa tendencia de mis maletas a no llegar. Así no tengo que cargarlas y aparecen solitas en casa. 19:30, mostrador de BRA. Voy con retraso, pero me informan de que no es necesario que me salte la cola: el vuelo 1000 a Porto Alegre también está atrasado. Dos horas. Tudo bem, tudo bem. Compro la Folha de São Paulo y una tarjeta telefónica. Llamo a Gabriela y le digo que no sé a qué hora llegaré. Pido un guaraná (lo primero que pido cuando llego a Brasil, sin pensar). Leo el periódico. No hay nada interesante, sólo las tiras cómicas del FolhaTeen. 21:00, zona de embarque. Nadie sabe a qué hora vamos a embarcar. El vuelo 1000 no parece llegar. Una chica dice "BRA nunca mais". 23:30. Despegue. Quedo impresionado viendo São Paulo desde el aire de noche. Una planicie de luces sin final, un microchip pegado a la tierra, un laberinto plano iluminado, tan laberíntico y tan iluminado que llega a ser acogedor y parecer humano. Intento leer, pero me duelen los ojos. Duermo. Mucho más tarde, creo. Me despierta la voz del piloto diciendo "e é por essa causa que estamos voltando ao aeroporto de São Paulo". Creí que íbamos a aterrizar. Estamos a muy poca distancia de Porto Alegre. Carcajadas y exclamaciones generales. Me giro para saber qué causa es esa. Un chico bonito, de cabello corto, sonriente, me dice que es porque el aeropuerto de Porto Alegre está cerrado. "Como assim, fechado?" "Pois é!" Nadie da crédito. La chica sentada delante de mí, rubia, también bonita, inclina la cabeza hacia atrás y me mira con sus ojos lindos y cansados, pensando quién sabe qué. Vuelvo a dormir. Cerca de la 1:00 de la mañana, día 4 de septiembre. Aterrizaje en el Aeropuerto Internacional de Guarulhos. Sensación extraña. El vuelo 1000 despega pero no aterriza. La gente se levanta, coge sus cosas y espera para salir. Yo me quedo sentado, con las piernas estiradas sobre los asientos, la espalda apoyada en la ventanilla. Habla de nuevo el piloto. Nos dice que nos sentemos porque vamos a despegar otra vez. Nadie da crédito. Carcajadas y putaqueparius. La gente se sienta. Habla de nuevo el piloto: cojan sus cosas y bajen. La gente se queda en la cinta esperando sus maletas. Yo no, mi maleta está en Munich. 1:30. Subimos a un autocar. 1:50. Llegamos al Hotel Brixtol. En recepción nos informan de que nos van a despertar a las cinco y el restaurante estará abierto para que podamos desayunar. 2:20. Estoy duchado y en la cama. Buena cama de hotel. No sé a qué hora. Me despierto. Nadie ha llamado a mi habitación. Hace mucho tiempo que ha amanecido. Enciendo el televisor: son las 10 y media. Pienso que se han olvidado de mí. Llamo a recepción. No hay noticias sobre el vuelo 1000, por eso no me han despertado. Me quedo sin desayuno, pasó la hora. 11:00. Bajo al hall duchado y con la camiseta que me puse hace 34 horas. Creo que empiezo a encariñarme de ella. Tomo un café con leche, sin comer (el camarero, un chico muy atento que probablemente es gay, dice que no tiene croissants ni nada por el estilo, pero que el restaurante está a punto de abrir para el almuerzo). En este bar parece que nadie paga: basta con pedir. En el hall hay un grupo de pasajeros del vuelo 1000, con sus maletas, que quiere ir al aeropuerto a "hacer presión". En el hotel no hay nadie de BRA. Una viejita pregunta a un mozo si sabe cuando sale el vuelo. Dice que, si tiene que esperar otras diez horas, prefiere esperar en el hotel. Creo que me quedo con la viejita. Llamo a Gabriela. Gabriela me dice que aproveche y me bañe en la piscina. No he visto ninguna piscina, pero debe de haberla, es un hotel de cinco estrellas. Hojeo la Folha de São Paulo sentado en un sofá del hall. Otro día sin nada de interés. Bush en Irak, los columnistas criticando a Lula. Ni siquiera el artículo de Simão es divertido. En cambio, mi libro sí. 12:30. Almuerzo. Buffet. Buenos postres (plátano caramelizado y pudín). Tomo café en el bar. Escribo. 14:00. Descubro que en el cuarto hay wi-fi. Escribo a Gabriela. Leo un e-mail de mi hermano Oriol con grandes elogios a la película de Quentin Tarantino. Escribe lleno de excitación. No es frecuente ver una buena película. 15:15. Suena el teléfono. Finalmente se ha hecho presente alguien de BRA. La mujer me dice que el autocar nos llevará al aeropuerto a las siete de la tarde y el vuelo está previsto para las 20:40. Para más información, puedo bajar, ella está en el hall. Me quedo en el cuarto, en Internet. 16:00. Descubrimiento de la piscina, en el ático, piso décimo quinto. Demasiado tarde. Además, no tengo bañador. No tengo ropa de ningún tipo. También hay sauna, gimnasio, sala de masajes. 16:10. Voy al cuarto, cojo la cámara y subo de nuevo. Filmo la vista del patio interior desde el piso décimo quinto, para mi padre, que tiene vértigo. Perfecto para los suicidas del libro de Oriol. 16:30. Escribo. La conexión a Internet está fallando. Me siento bien leyendo y escribiendo. Ayer conversé con algunas personas, pero hoy no me apetece, ando pegado a mi libro para no ser interpelado. Esos tíos son capaces de invitarme a su mesa. 18:00. Cena. Macarrones con salsa de queso y ensalada, no quiero nada más, almorcé hace poco. El camarero gay sigue siendo atento. El mâitre, también muy atento, se interesa por mí y por Gabriela. Le cuento nuestra historia. "Que ótimo!", dice. Me gusta este hotel. 19:00. Autocar. 20:30. Check-in tras una hora de cola. Es probable que el vuelo no salga a la hora prevista, dice el chico del mostrador. Alrededor de las 21:00. Voy a comprarme una camiseta y casi pierdo el avión. Tengo miedo de que me abucheen. 21:20. Despegue. Estoy mal situado, no puedo filmar la ciudad iluminada. Me cambio de camiseta en el baño. Leo. Como un sándwich de jamón. 23:00. Aterrizaje del vuelo 1000 en Porto Alegre (46 horas después de desayunar en Barcelona con mis padres). No tengo que recoger ninguna maleta. Beso a esa chica linda que agita los brazos.

Monday, September 03, 2007

Thursday, August 30, 2007

The World According to Garp

Para engendrar ele, a mãe de Garp, enfermeira da Nova Inglaterra que odeia os homens, usa um artilheiro da Segunda Guerra que jaze no hospital e só tem ativo o membro viril. Este é o inicio dum livro louco -o primeiro romance de John Irving- com: assassinato a tiros (três), assassinato a facadas, estupro (dois), acidente de carro, acidente causado por condutor homicida, olho furado, pênis amputado (dois), braço amputado, orelha arrancada (duas, uma de cachorro), língua cortada (inúmeras). E com muito sexo: infidelidade tradicional, infidelidade moderna ou consentida, intercâmbio de casais, sexo com empregada, sexo com aluno, sexo oral, sexo transexual... O autor parodia pessoas (a mulher de Garp, professora de literatura, é a única personagem "normal"), comportamentos (preocupação com a segurança dos filhos), movimentos (feminismo), profissões (escritor, editor)..., sempre com um pé na realidade: com todo seu exagero, o mundo de Garp não deixa de ser humano e real. Fica longo demais por causa de três contos que o recheiam e que o autor atribui a Garp, mas, mesmo assim, é um livro para não parar de ler, e, a cada três ou quatro páginas, soltar uma gargalhada. A tradução é boa e Garp não se importaria com isso, mas a sexta edição de bolso ainda contém uma montanha de erros tipográficos. E a capa, Maritrini, com essa moldura xadrez, é feia, inclusive para quem gosta de E. Hopper. Posso dar três corações e meio?

Lido em espanhol.

Tuesday, August 28, 2007

Miró

Para Gabriela, artista mironiana.

Interpretación de Juanjo Sáez del cuadro (tríptico) "L'esperança del condemnat a mort", de Joan Miró (del libro El Arte: Conversaciones imaginarias con mi madre).

Saturday, August 25, 2007

Traduções ao português 5 (The Boy With The Thorn In His Side, de Morrissey, Steven, Marr e John)



(Eu gosto desta música dos Smiths. Ela me fez pensar em
Perry Smith, e em várias outras pessoas.)

O menino com a espinha cravada
Atrás do ódio se esconde um desejo assassino de amor

Como podem olhar nos meus olhos
E ainda não acreditar em mim?
Como podem me ouvir dizer essas palavras
E ainda não acreditar em mim?

E se não acreditam em mim agora
Acreditarão em mim alguma vez?
E se não acreditam em mim agora
Acreditarão em mim alguma, alguma vez?

O menino com a espinha cravada
Atrás do ódio se esconde um desejo despojado de amor

Como podem ver o amor em nossos olhos
E ainda não acreditar em nós?
E depois de todo este tempo
Não querem acreditar em nós

E se não acreditam em nós agora
Acreditarão em nós alguma vez?
E quando a gente quer viver, como a gente começa?
Aonde a gente vai, quem é preciso conhecer?

Monday, August 20, 2007

In Cold Blood

Vou tentar falar sobre este livro... Com simplicidade, porque andei visitando uns blogs brasileiros sobre literatura onde tem tudo menos isso. Uf. Só chatice e exibicionismo. Enfim. O livro estava na fila há muito tempo, e queria ler ele em inglês -estava bem atrás na fila porque agora queria ler em espanhol (estava esquecendo minha segunda língua!). Mas li ele agora, e em espanhol, por dois motivos. 1) A Maria, que escreve grandes (e simples! :) resenhas de livros, me aconselhou não adiar mais o momento de lê-lo, apesar de eu não gostar especialmente do assunto. Ela é jornalista (e agora, mãe!) e falou que esse era um dos melhores livros que leu na vida (entre outras observações). 2) No mesmo dia, no jornal que eu estava lendo no café duma livraria, uma tradutora dava como dica de leitura para o verão (cada dia tem dicas de leitura de algum profissional conceituado) a nova tradução ao espanhol de A sangue frio. Nova? Como eu já estava na livraria, fui dar uma olhada. Lá estava, e aqui posso adicionar um motivo 3. 3) Além de ser da editora Anagrama -minha preferida-, a nova tradução era de Jesús Zulaika. Jesús Zulaika é quase um "velho amigo": o tradutor dos melhores escritores anglo-saxões da editora, especializada neles. Mas... ele tinha sumido estranhamente há alguns anos, e muitos desses escritores passaram a ser traduzidos por um tal Jaime Zulaika. Irmão? Talvez, mas as traduções dele, sendo boas, não eram igualmente boas. Li várias vezes o nome para ter certeza que era o Jesús e não o Jaime. Era. Jesús ressuscitado. Pensei: Esse cara deve estar abastado, morando na praia, lendo ou escrevendo, ou esquecido completamente das duas coisas, e só deve ter aceito a encomenda de traduzir uma obra-prima. Comprei o livro, claro. A pesar da capa. Eu gosto dessas capas cor de creme (que não mudaram desde que a editora foi fundada, há mais de 30 anos), mas a Maritrini, minha amiga argentina, cujo senso estético e talento artístico eu respeito e gostaria de ter :p, diz que elas são "feias pra caramba": a esha no le gustan. Eu até que gosto delas, e acho bom poder identificar facilmente os livros da editora que eu mais gosto, e um dia vou juntar todos eles numa estante e vai ficar bonitinho.

Ontem estava trabalhando no quarto do computador, sem conseguir me concentrar, e ouvi que na sala meu irmão Oriol estava vendo Friends (na verdade não estava vendo Friends, estava roncando no sofá). Aí resolvi ver uns minutos o seriado para me desestressar. Era um episódio muuuuuito antigo que eu não tinha visto. Não importa. O que aconteceu foi que apareceu o Joey Tribbiani e pensei, Putz, É O PERRY SMITH!!! Posso ter sido influenciado pela capa (feia?) do livro, que é um fotograma do filme Capote (Perry é o cara do meio, entre os policiais -quem não sabia agora já sabe: ele é preso :o), mas acho que não; acho que, tirando o sentido do humor, porque o Perry é ingênuo, e inculto -se bem que muito inteligente-, mas nunca faria uma piada, vi no Joey a personagem descrita nas páginas do livro. Perry é um dos dois assassinos e aquele a quem Capote dedica mais atenção, mais tempo, e é uma personagem que já não vai sumir da minha cabeça (e isso é raro que aconteça, raro até com os melhores romances). Dick é o colega dele, um cara muito diferente, e, esse sim, piadista. E depois tem o investigador principal. E o pai da família assassinada. E deu. Deu porque as outras personagens, umas 100, são todas secundárias, têm menos espaço e ficam pouco tempo na mente do leitor: são os vizinhos e amigos da família Clutter, os investigadores, os familiares dos criminosos, as pessoas que estes conhecem na sua longa fuga, advogados, presos. Com os cenários acontece uma coisa parecida. A cidadezinha do estado de Kansas onde o crime acontece e recriada vividamente, mas são fugazes (não esquemáticas) as descrições dos lugares visitados pelos fugitivos no seu longo périplo (que os leva até o México, até Nevada, até Florida...).

Tudo bem. Se existe um romance perfeito, é este. Com tudo o que isso tem de bom é de ruim. De ruim, tem que pode parecer frio demais. De bom tem tudo o resto. A escrita é a que eu mais gosto, realista, com atenção ao detalhe, com uma procura da objetividade máxima, sem intromissões do narrador. E só pra completar a informação: como falou um professor muuuuuuuito chato que eu tive no primeiro ano de faculdade (digo o nome? não digo), este é o romance que inaugura o novo jornalismo, que é aquele que explica as noticias como quem escreve um romance e que é a marca da revista The New Yorker. E outra, uma coisa que eu gosto muito: este romance, como The Great Gatsby, foi escrito com a colaboração dum editor, o editor dessa revista. Agora os editores se dedicam ao marketing e nem lêem os originais que publicam; há um tempo, animavam, empurravam os escritores a escrever bons livros; e há ainda mais tempo, quase que dá pra dizer que escreviam junto com seus autores, conversando, trocando montes de cartas com eles. Saudade desse tipo de editor...

Este é o romance ideal para quem não entende o crime. Como alguém pode cometer um crime. Neste caso, um quádruplo assassinato com premeditação. Neste ano, um menino foi arrastado por um carro pelas ruas do Rio de Janeiro durante sete quilômetros. Ficou destruído. Dele só restaram os ossos e a pele em tiras. Foi uma tragédia que os cariocas demoraram em superar -ficaram dias sem nem poder tocar no assunto. Eu cheguei ao Rio sete dias depois disso ter acontecido. E mais tarde, já em Porto Alegre, fiquei indignado com uma coisa. E é que três ou quatro semanas depois desse crime brutal, os mais sérios jornalistas do país ainda se referiam aos criminosos com palavras como "monstros" ou "inumanos". É obvio que não eram isso. E também, que acreditar nisso só leva a não entender nada e a não poder prevenir crimes futuros. A sangue frio ajuda a entender como uma pessoa chega a cometer um crime. E até a sentir simpatia por essa pessoa. E olha que o autor não pretendia isso, senão descrever o que aconteceu da maneira mais objetiva possível. É um livro bom, também, para entender a brutalidade da pena de morte (ups, estou revelando tudo!; mas quem não leu já viu o filme, né?). Mas isso a maioria das pessoas já sabem. Só esses loucos do meio-oeste dos Estados Unidos não entendem. Ontem os texanos comemoraram o assassinato do preso número 400, bem faceiros.

A tradução espanhola é perfeita. Parece um livro escrito diretamente em espanhol. E um detalhe. Tem meia dúzia de frases cafonas. Quem ia dizer isso de Capote! Mas num livro de 400 páginas isso é uma anedota. E outra: depois do juízo, o autor parece começar a se interessar menos pela história. Mas isso também não é tão importante. Livro indispensável para entender como uma pessoa pode se destruir desde a infância. E indispensável para os estudantes de jornalismo. E não sei como a Maria coloca os corações no final das suas resenhas, mas a este livro, eu dou todos.


Lido em espanhol.

Sunday, August 19, 2007

Traduções ao português 4 (Thanks for the Dance, de Anjani, L. Cohen e J. Lissauer)

(Pode ouvir aqui.)


Obrigada pela dança
Lamento que estejas cansado
A noite apenas começou
Obrigada pela dança
Tenta parecer inspirado
Um dois três, um dois três um

Uso uma rosa no cabelo
Meus ombros estão nus
Tenho usado este traje
Desde sempre
Aumenta o volume
Serve todo o vinho
Para na superfície
A superfície é legal
Não precisamos ir mais profundo

Obrigada pela dança
Ouço que estamos casados
Um dois três, um dois três um
Obrigada pela dança
E que o bebê que eu levei
Era quase uma filha ou um filho

E não há nada a fazer
Exceto se perguntar se tu
É tão inútil como eu
E tão decente

Estamos unidos no espírito
Quadris unidos
Unidos no pânico
Nos perguntando se
Temos chegado a algum tipo
De acordo

Foi legal foi rápido
Eu fui a primeira eu fui a última
Na fila no
Templo do Prazer
Mas o verde era tão verde
E o azul era tão azul
Eu era tão eu
E tu era tão tu
A crise foi leve
Como uma folha

Obrigada pela dança
Tem sido um inferno, tem sido um agito
Tem sido genial
Obrigada por todas as danças
Um dois três, um dois três um

Thursday, August 16, 2007