Tuesday, February 05, 2008

Tantas coisas

Pipocão, ontem, na Orla. O Pipocão é o trio do Carlinhos Brown, e é bom por ser um dos poucos que não é pago: todo o mundo pode ir, não há cordas, etc. A gente dançou bastante, e foi divertido, se bem que talvez fosse mais fraco que o ano passado, mais tranqüilo, por haverem menos pessoas: muitas foram para o outro circuito, no Campo Grande.


Carlinhos Brown no Pipocão.

Para ir juntos à orla, marcamos de encontrarmos na ladeira que sobe até a casa da Rose, no Engenho Velho da Federação, mas eu cheguei antes e fui encontrar as meninas na casa delas. Imagina eu, tão branquinho, tão turista, subindo essa ladeira empinada! Lá ficamos conversando a Rose, a Rosa, a Nana (ela é outra das irmãs, não saiu; e lembrou da minha dor nas costas, do ano passado, querida) e o irmão delas, que está com o joelho recém operado. Depois chegou um primo delas, que está azulejando a fachada da casa. E embaixo da ladeira encontramos o Ronaldo e a Eliana, amiga deles (e minha também, depois de dois carnavais...). Nós cinco fomos para a orla. Me senti muito baiano, hehe. E durante a noite achei que essas meninas magricelas e patricinhas do sul e sudeste, ao lado das baianas, têm muita pouca graça!


Igreja da Ordem Terceira de São Francisco.

Isso foi ontem. Anteontem visitei uma igreja, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, com sua fachada barroca de pedra arenisca (a única de pedra arenisca e a preferida da Rose). É que eu sou desses turistas que vem "também para fazer outras coisas". O comentário (abestalhado, dá pra dizer, porque ela usa muito esta palavra) é da Rosa: "Também tem gente que vem para fazer outras coisas". Significando: Há alguns loucos que vem ao Carnaval por motivos que não são ficar com baianas. :o)

Ao meio-dia conversei com uns moleques que estavam pulando na água e pescando peixe pequeno e caranguejo no porto, perto do Mercado Modelo; comi uma moqueca de camarão muito boa num restaurante do mercado; vi a saída do bloco Filhos de Ghandy na rua Chile (esse bloco só de homens, com turbantes, roupa branca e colares de contas brancas e azuis). E jantei em casa da Rose, conversando com ela e a Rosa. O Ronaldo, freelance como eu (bem, ele tem um bom trabalho na livraria e distribuidora LDM; eu ganhei seis ou sete livros dele! :))), foi fazer um trabalho de digitação numa cidade a cinco horas daqui: um contrato para um espanhol que comprou uma casa na costa.


Moqueca de camarão. (Foto de P. Book, Flickr.)

Ah! Fiquei feliz, também, porque uma criancinha achou que eu era daqui. Eu estava na estação de onde saem os barcos para as ilhas da bahia, na frente do mercado, e ela perguntou se eu era o dono daquilo. Aquilo era um posto, do outro lado das bilheterias, de bebidas: um posto meio sujo. Falei que não, e expliquei que eu morava em Porto Alegre, que isso ficava no Sul, etc. Então ela, vendo que eu não era o dono do boteco, apontou para uma garota com uma mala, uma turista sentada num banco, e falou: "Ela é sua?". Que idéia das mulheres têm aqui?

2 comments:

Maria Fabriani said...

É tão bacana ler seus textos em português, Roger. Dá uma saudade. Adorei o comentário da crianca: "Ela é sua?" hohoho, só crianca mesmo.

Roger said...

Obrigado, Maria. Seu comentário alegrou minha manhã. :)))